Putin afirma que Israel é incapaz de garantir segurança para um Estado Palestino

O presidente russo, Vladimir Putin, na cerimônia do Dia da Unidade Nacional em Moscou, 4 de novembro. Quase dois anos após a invasão da Ucrânia pela Rússia, Putin tem motivos para acreditar que o tempo está a seu favor. FOTO: MIKHAIL METZEL/SPUTNIK/ASSOCIATED PRESS

Devido à sabotagem das decisões da ONU, que claramente preveem a criação e coexistência pacífica de dois estados independentes e soberanos, Israel e Palestina, mais de uma geração de palestinos cresceu em meio a um sentimento de injustiça demonstrada a seu povo, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin. Ele acrescentou que Israel não é capaz de assegurar completamente a segurança dos palestinos.

“Devido à sabotagem das decisões da ONU, que claramente preveem a criação e coexistência pacífica de dois estados independentes e soberanos, Israel e Palestina, mais de uma geração de palestinos cresceu em meio a um sentimento de injustiça demonstrada a seu povo. E os israelenses não podem garantir plenamente a segurança de seu estado”, declarou Putin em uma cúpula virtual do BRICS na última terça-feira, 21, conforme citado pela agência Sputnik.

Putin destacou a necessidade de pausas humanitárias adequadas para garantir a liberação segura de reféns na Faixa de Gaza. “Gostaria de enfatizar que tais pausas humanitárias, ou melhor, claro, um cessar-fogo pleno, são necessários para continuar os esforços de libertação de reféns e evacuação de civis e cidadãos estrangeiros da Faixa de Gaza”, disse o presidente russo.

Além disso, Putin expressou preocupação com a morte de milhares de pessoas em Gaza, o deslocamento em massa da população local e a crise humanitária. Ele observou que a situação atual na região demonstra que os Estados Unidos estão tentando monopolizar os esforços de mediação para um acordo de paz na região.

“A morte de milhares de pessoas [em Gaza], o deslocamento em massa da população civil e a catástrofe humanitária que eclodiu causam grande preocupação”, afirmou Putin. Ele também destacou a importância da participação dos colegas do Oriente Médio na cúpula, referindo-se ao convite para serem membros plenos do BRICS este ano. Putin elogiou os esforços desses países na normalização da situação, citando a ‘cúpula da paz’ no Egito e a cúpula islâmica extraordinária na Arábia Saudita.

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