O país espera ser aceito no próximo ano durante a presidência da Rússia
Publicado em 22/11/2023
RT — O Paquistão poderá aderir à aliança econômica BRICS no próximo ano, disse o recém-nomeado embaixador do país na Rússia, Muhammad Khalid Jamali, numa entrevista à agência de notícias TASS na quarta-feira.
Ele disse que o país já solicitou a adesão e conta com a ajuda da Rússia no processo de admissão. A Rússia assumirá a presidência do BRICS em 2024.
“O Paquistão gostaria de fazer parte desta importante organização e estamos em processo de contactar os países membros em geral e a Federação Russa em particular para estender o apoio à adesão do Paquistão”, afirmou o embaixador.
Atualmente, o BRICS é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos poderão se juntar ao bloco em janeiro. Com base nas estimativas dos analistas, o BRICS+ expandido já é economicamente maior que o G7, uma aliança de países industrializados e desenvolvidos que consiste nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão.
No total, mais de 40 países manifestaram até agora interesse em aderir ao BRICS, de acordo com o presidente da África do Sul em 2023. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, disse no início de outubro que o BRICS planeja compilar uma lista de candidatos ao status de Estado parceiro da união antes da próxima cúpula em Kazan em 2024. Segundo o funcionário, durante a presidência russa do BRICS, os estados membros irão concentrar-se em expandir ainda mais o “círculo de amigos do BRICS”, incluindo países da América Latina.
Numa entrevista ao China Media Group no mês passado, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a expansão dos BRICS se baseava no princípio da multipolaridade global. Segundo Putin, nenhuma nação quer ficar à margem e agir de acordo com os caprichos de “algum soberano”, e os BRICS são uma plataforma onde os países podem estabelecer relações com base na igualdade.