Líder do Hamas revela que negocia plano de paz com Israel

O líder do Hamas informou à Reuters nesta terça-feira (21) que o movimento palestino de resistência está próximo de alcançar um acordo de trégua com Israel. Ismail Haniyeh, do Hamas, entregou a resposta aos mediadores do Catar, conforme comunicado enviado à Reuters por seu assessor.

Embora a declaração não tenha fornecido detalhes adicionais, um representante do Hamas disse à Al Jazeera TV que as negociações se concentraram na duração da trégua, nos acordos para a entrega de ajuda a Gaza e na troca de reféns israelenses detidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos em Israel. Ambos os lados concordaram em liberar mulheres e crianças, e os detalhes serão anunciados pelo Catar, que está mediando as negociações, de acordo com o funcionário Issat el Reshiq.

Durante o ataque a Israel em 7 de outubro, o Hamas fez cerca de 240 reféns, resultando na morte de 1.200 pessoas. Mirjana Spoljaric, presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), encontrou-se com Haniyeh no Catar na segunda-feira para discutir questões humanitárias relacionadas ao conflito. O CICV afirmou em comunicado que não fazia parte das negociações para a libertação de reféns, mas estava pronto para facilitar qualquer libertação futura acordada pelas partes.

Conversas sobre um acordo iminente de reféns têm circulado há dias. A Reuters relatou na semana passada que mediadores do Catar estavam buscando um acordo para a troca de 50 reféns entre o Hamas e Israel, em troca de um cessar-fogo de três dias que facilitaria o envio de ajuda emergencial para civis em Gaza, citando um funcionário informado sobre as negociações.

O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, expressou otimismo em relação a um acordo “nos próximos dias” no programa “This Week” da ABC no domingo. O primeiro-ministro do Catar, xeique Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, também afirmou que os pontos de discórdia restantes eram “muito menores”. O presidente dos EUA, Joe Biden, e outras autoridades dos EUA afirmaram na segunda-feira que um acordo estava próximo, embora ressaltem que, em negociações sensíveis como essa, nada está acordado até que tudo esteja acordado.