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PSB e PDT devem manter aliança para 2024

Embora ocupem ministérios e formem a base do governo, PDT e PSB estão empenhados em preservar seus redutos principais nas eleições municipais de 2024, buscando alianças estratégicas, inclusive contra o PT, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do jornal O Globo. Antecipando o cenário do próximo ano, essas siglas consideram […]

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Humberto Pradera/PSB | Reprodução/Facebook

Embora ocupem ministérios e formem a base do governo, PDT e PSB estão empenhados em preservar seus redutos principais nas eleições municipais de 2024, buscando alianças estratégicas, inclusive contra o PT, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do jornal O Globo.

Antecipando o cenário do próximo ano, essas siglas consideram a possibilidade de reeditar acordos firmados em 2020, quando disputaram com os petistas o protagonismo da esquerda em capitais e cidades com segundo turno.

Apesar de destacarem a parceria com o PT como aliado, líderes do PDT e PSB articulam para evitar tornar-se coadjuvantes, especialmente após a eleição de 2022, na qual ambas as siglas viram uma redução em suas representações na Câmara, ao passo que o número de petistas aumentou.

Diante desse cenário, PDT e PSB iniciaram conversas para formar uma federação, adiando, no entanto, uma decisão definitiva até depois das eleições de 2024. Há também a preocupação em não desagradar o PT, principalmente por parte do PSB, que conta com o apoio de petistas a seus candidatos em São Luís e Curitiba.

O presidente licenciado do PDT, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, está articulando o apoio do PSB à reeleição do prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT), em uma disputa que promete acirrar as diferenças entre aliados de Ciro Gomes e de Lula.

Ciro prevaleceu em uma disputa interna com seu irmão, o senador Cid Gomes, que agora está de saída do PDT. O ex-governador busca manter uma postura de oposição ao PT no Ceará, enquanto Cid discorda dessa abordagem.

Em acordo com Lupi, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, tem indicado apoio ao prefeito de Fortaleza, embora o diretório do PSB no Ceará esteja ligado ao ministro da Educação, Camilo Santana (PT). Siqueira recusou a filiação do presidente da Assembleia Legislativa local, Evandro Leitão, que deixou o PDT e estava buscando ingressar no PT ou no PSB para enfrentar Sarto.

“Em 2020, fizemos parceria com o PDT nas capitais, principalmente porque o PT rompeu conosco naquele ano. Agora, eles (PT) têm uma abordagem diferente. Vamos avaliar as prioridades de cada um”, disse Siqueira.

Lupi também está trabalhando para manter o PDT na chapa do prefeito de Recife, João Campos (PSB). Com a pedetista Isabela de Roldão como vice, Lupi tenta resistir à pressão do PT pela vaga. Recife é considerada uma peça-chave para o PSB, e a decisão de manter o PT na linha de sucessão pode impactar os planos de Campos de concorrer ao governo estadual em 2026.

Em 2020, PDT e PSB elegeram 314 e 252 prefeitos, respectivamente, em todo o país, em comparação com os 183 do PT. Atualmente, o PDT governa duas capitais, Fortaleza e Aracaju, e duas cidades com segundo turno, Niterói (RJ) e Serra (ES). O PSB, por sua vez, governa apenas Recife. O PT, que não tem prefeituras em capitais, comanda quatro cidades com segundo turno: Juiz de Fora e Contagem (MG) e Diadema e Mauá (SP).

No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) deu aval à reeleição do prefeito de Serra, Sérgio Vidigal (PDT), e busca o apoio do PDT para o candidato do PSB à prefeitura de Vitória, Tyago Hoffmann. Essa estratégia vai de encontro ao plano do PT, que lançou João Coser como candidato na capital capixaba, contando com o apoio de Casagrande.

Ainda há discussões em Porto Alegre, onde Juliana Brizola (PDT) pode ser candidata. Nesse caso, membros do PDT e PSB consideram a possibilidade de se unir ao PT e PSOL, mas encontram obstáculos para formar uma frente de esquerda. Embora todos concordem com a oposição ao prefeito Sebastião Melo (MDB), PDT e PSB são partes da base do governador Eduardo Leite (PSDB), o que gera desconfiança entre petistas e psolistas em relação à distribuição de espaços na chapa.

“Historicamente, há dificuldades para unir a esquerda. Enquanto algumas candidaturas levam à polarização e à pauta de costumes, avaliamos que é preciso fazer sacrifícios para derrotar o prefeito, aliado do bolsonarismo”, afirmou Juliana ao O Globo.

Em outras capitais, as divergências devem resultar em abordagens distintas. Em São Paulo, Tabata Amaral (PSB) se aproximou do PDT, apesar de ressentimentos desde seu voto pela reforma da Previdência em 2019, optando pelo diálogo com Guilherme Boulos (PSOL). Com o impasse, o apresentador José Luiz Datena, que negocia a vice de Tabata, deixou o PDT e pode se filiar ao PSB.

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