No dia subsequente à sua vitória nas urnas que o consagrou como presidente eleito, o ultradireitista Javier Milei iniciou os preparativos para sua futura inserção internacional. Segundo informações do Página 12, ele nomeou Diana Mondino, economista do Centro de Estudos Macroeconômicos da Argentina (CEMA) e membro de conselhos de grandes empresas, como Ministra das Relações Exteriores.
Mondino, conhecida por suas posições controversas, desde a privatização de obras públicas até a venda de órgãos e as Malvinas, já está trabalhando na agenda internacional a partir do 21º andar do Hotel Libertador, o novo centro político. Mesmo antes de sua confirmação, ela declarou que a Argentina não se juntará ao BRICS.
Durante uma entrevista, Milei revelou que o foco de Mondino será “trabalhar para reduzir o Estado e eliminar impostos”. No entanto, para assumir o cargo no Palácio San Martín, ela terá que renunciar à sua cadeira de deputada eleita.
O presidente eleito anunciou ainda que realizará uma viagem aos Estados Unidos e a Israel antes de assumir oficialmente o cargo. Além disso, estendeu um convite pessoal a Jair Messias Bolsonaro para a cerimônia de posse em 10 de dezembro, à qual também poderá comparecer o presidente de El Salvador, Bukele.
Luiz Inácio “Lula” Da Silva, presidente do Brasil, desejou “boa sorte e sucesso” ao novo governo, embora o Palácio Planalto tenha expressado a necessidade de desculpas por parte de Milei pelas declarações anteriores, que rotulavam Lula de “comunista” e “ladrão”. China e Rússia saudaram o novo governo, mas manifestaram certa desconfiança.
Milei, anteriormente, havia afirmado que não manteria relações comerciais com Brasil, China e Rússia, rotulando-os de “comunistas”. A China expressou o desejo de “trabalhar com a Argentina para continuar a amizade” e promover uma “cooperação ganha-ganha”. Por sua vez, o Kremlin, da Rússia, declarou aguardar esclarecimentos sobre várias questões que afetarão as relações bilaterais.
Milei organizou seu primeiro tour para reafirmar sua abordagem internacional distinta. Ele detalhou que viajará para os EUA e Israel no final de novembro e dezembro, destacando que a viagem tem uma “conotação mais espiritual do que outra coisa”.
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