O agravamento do conflito entre Israel e o Hamas tem gerado crescentes tensões na conturbada área da Cisjordânia. Os confrontos entre palestinos locais e colonos israelenses atingiram níveis preocupantes, especialmente em meio à crise em Gaza.
O presidente dos EUA, Joe Biden, deu ordens aos conselheiros seniores para elaborarem uma diretiva explorando diferentes opções de medidas legais contra colonos israelenses considerados “extremistas” na Cisjordânia.
Segundo informações obtidas pelo Politico, um trecho do memorando oficial da Casa Branca sobre os incidentes na região indica que o presidente instruiu a preparação de proibições de vistos e sanções para colonos israelenses extremistas que atacam e deslocam palestinos na Cisjordânia.
O memorando foi distribuído entre altos funcionários da Casa Branca, incluindo o secretário de Estado Antony Blinken e a secretária do Tesouro, Janet Yellen. O documento instrui esses gabinetes a desenvolverem opções políticas para a rápida adoção de medidas contra os responsáveis pela violência dirigida aos habitantes locais da Cisjordânia. A formulação utilizada por Biden em seu artigo de opinião no The Washington Post sugere que ele reconhece a grave ameaça representada pela violência em curso.
A decisão de Biden de tomar medidas legais sobre o assunto ocorreu após uma reunião sobre a situação em Gaza com o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e o deputado Jon Finer. O presidente expressou seu compromisso de emitir “proibições de vistos contra extremistas que atacam civis na Cisjordânia”.
A deterioração da situação na Cisjordânia é um resultado direto da escalada entre Israel e o Hamas. A Cisjordânia e Jerusalém Oriental, consideradas terras palestinas, têm testemunhado um aumento súbito de imigrantes israelenses que optam por residir e construir propriedades ali, por razões religiosas ou econômicas. O confronto entre os dois grupos se intensificou desde os ataques de 7 de outubro.
Enquanto a administração Biden enfrenta uma reação negativa sem precedentes por parte dos apoiadores pró-Palestina, muitos dos quais tradicionalmente votam nos democratas, a Casa Branca sente-se obrigada a ajustar sua política na região e considerar interesses mais amplos.
Com informações da Sputnik
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