O Catar expressou forte repúdio aos recentes bombardeios aéreos realizados por Israel na Escola Al-Fakhura, localizada no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. Segundo relatos da agência de notícias palestina WAFA, o ataque resultou na trágica perda de vidas e na ferida de centenas de indivíduos, predominantemente crianças e mulheres.
Em um comunicado de imprensa emitido no último sábado (18), o Ministério das Relações Exteriores do Catar caracterizou o ataque fatal israelense como “um terrível massacre e um crime atroz contra civis inocentes”. O Catar enfatizou que considera tal ação uma violação evidente do direito internacional e das normas do direito humanitário internacional.
O Catar reafirmou seu apelo por uma investigação internacional imediata, solicitando a inclusão de investigadores independentes das Nações Unidas, com o objetivo de esclarecer os eventos relacionados aos contínuos ataques de Israel a escolas e hospitais.
A declaração apelou à comunidade internacional para agir prontamente na responsabilização de Israel e dissuadi-lo de perpetrar novos crimes contra civis. O Catar destacou a importância de garantir a proteção adequada para as pessoas deslocadas que buscam refúgio nas escolas da UNRWA, a agência de assistência da ONU.
O Ministério das Relações Exteriores do Catar alertou que a falta de resposta da comunidade internacional aos crimes de guerra e crimes contra a humanidade perpetrados pela ocupação israelense contra o povo palestino poderia intensificar as tensões, ampliar o ciclo de violência e resultar em uma escalada ainda maior, aumentando a instabilidade na região.
O Catar reiterou sua postura sólida em defesa da justa causa palestina e dos direitos legítimos do povo palestino. Essa posição engloba o apoio ao estabelecimento de um Estado palestino independente, delimitado pelas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.
O ataque
Um ataque aéreo realizado por Israel atingiu a escola al-Fakhoura localizada no campo de refugiados de Jabaliya, ao norte da Faixa de Gaza, resultando na morte de pelo menos 50 pessoas na manhã deste sábado (18), de acordo com a agência de notícias AFP.
O Ministério da Saúde de Gaza confirmou o número inicial de vítimas. A escola, gerenciada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e localizada no campo de Jabaliya, servia como abrigo para pessoas deslocadas. Desde o início do mês, o local tem sido alvo de vários ataques por parte de Israel, resultando em mais de 200 mortes e diversos feridos.
Conforme noticiado pela AFP, “este é o maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, onde mais de 80% dos habitantes são refugiados ou descendentes de refugiados que deixaram as suas casas em 1948, quando o Estado de Israel foi estabelecido.”
As fotos compartilhadas nas redes sociais revelam corpos, alguns ensanguentados e outros cobertos de sujeira, espalhados pelo chão do edifício. No local, colchões foram dispostos sob mesas de estudantes.
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