Israel é acusado de ter assassinado 103 trabalhadores da agência da ONU encarregada de ajudar os palestinos, marcando o maior número de funcionários humanitários da organização mortos em um conflito desde a sua fundação em 1945, de acordo com um recente relatório.
No documento mais recente sobre a crise na Faixa de Gaza, a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) revelou que, nas últimas 24 horas, um de seus membros perdeu a vida em um ataque israelense na Cidade de Gaza. Há uma semana, o comissário da instituição, Philippe Lazzarini, expressou indignação pelos assassinatos de seus funcionários.
“Devastado. Mais de 100 colegas confirmados foram mortos em um mês. Pais, professores, enfermeiros, médicos, pessoal de apoio”, compartilhou Lazzarini em sua conta nas redes sociais. A UNRWA, os palestinos e até mesmo os israelenses estão de luto, destacando a urgência de pôr fim a essa tragédia.
Tanto a organização quanto Lazzarini enfatizaram repetidamente a necessidade de um cessar-fogo no enclave costeiro, onde mais de 11 mil palestinos morreram e outros 25 mil ficaram feridos. Lazzarini alertou recentemente que a história nos julgará se um cessar-fogo não for estabelecido na Faixa de Gaza, onde as pessoas enfrentam não apenas o impacto das bombas, mas também as consequências do bloqueio, que resultaram em inúmeras vidas perdidas.
A UNRWA, em sua última atualização sobre a crise no enclave, destacou a situação desesperadora devido ao deslocamento em massa, à escassez de alimentos, à destruição generalizada de residências e infraestruturas, e ao colapso do sistema de saúde. O relatório ressalta a importância urgente de uma intervenção para aliviar o sofrimento indescritível que continua a se desenrolar na região.