O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, admitiu nesta sexta-feira, 17, que Israel não está conseguindo reduzir as mortes de civis durante sua operação terrestre na Faixa de Gaza.
“Qualquer morte de civis é uma tragédia. Não deveríamos ter nenhuma, porque estamos fazendo tudo o que podemos para retirá-los do perigo, enquanto o Hamas está fazendo tudo para mantê-los em perigo”, afirmou Netanyahu em uma entrevista à rede americana CBS.
Ele enfatizou que Israel está lançando panfletos e emitindo alertas por telefone para proteger os civis, instando-os a deixar áreas perigosas. Netanyahu expressou a intenção de concluir a operação com o mínimo de vítimas civis, mas lamentou que, até o momento, não tenham tido sucesso nesse objetivo.
Durante a entrevista, Netanyahu tentou fazer um paralelo com uma questão relacionada à Alemanha, mas foi interrompido antes de detalhar o assunto pelo entrevistador da CBS, que mudou o foco para perguntas sobre a segurança pós-conflito em Gaza.
Os civis palestinos têm sofrido os impactos da resposta militar de Israel ao ataque do Hamas. Segundo autoridades de saúde de Gaza, mais de 11.500 pessoas perderam a vida devido aos bombardeios e à incursão terrestre israelense, incluindo mais de 4.700 crianças.
A guerra deixou dois terços da população da Faixa de Gaza, aproximadamente 2,3 milhões de pessoas, desabrigadas. Recentemente, Israel lançou panfletos no sul de Gaza solicitando evacuações por motivos de segurança.
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