Conflito no oriente médio já matou mais de 11 mil pessoas
Publicado em 17/11/2023 – 15h21
Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
Agência Brasil — Movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos se uniram em ato em solidariedade ao povo palestino nesta sexta-feira (17), em frente ao Consulado de Israel, zona sul da capital paulista.
A Organização das Nações Unidas (ONU) contabiliza 11 mil mortos no conflito entre o grupo palestino Hamas e Israel, a grande maioria da Faixa de Gaza, com base em dados do Ministério da Saúde de Gaza. “No genocídio em curso em Gaza, pessoas morrendo de fome e sede vão ser o próximo corpo estilhaçado por uma bomba jogada”, disse a coordenadora da Frente em Defesa do Povo Palestino, a jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh.
O ato, que é o sexto sobre o tema na cidade, reuniu cerca de 120 pessoas, a partir de 11h, e foi acompanhando por 12 viaturas e 14 motos da Polícia Militar no local, além de algumas outras viaturas nos arredores. Bandeiras palestinas e cartazes pedindo “cessar fogo imediato”, “fim do bloqueio a Gaza”, “Palestina livre” e “solidariedade ao povo palestino” foram levantados no local..
Entre as entidades que estavam presentes e apoiaram a manifestação, estavam o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Central única dos Trabalhadores (CUT), Movimentos do Trabalhadores Sem Terra, CSP Conlutas, Sindicato dos Metroviários de SP, Partido da Causa Operária (PCO) e Partido dos Trabalhadores (PT).
“O 1,5 milhão dos 2,4 milhões de palestinos já tiveram que se tornar refugiados mais uma vez, tendo que sair do norte para o sul. Enquanto isso, uma limpeza étnica avançada em toda a Palestina, uma repressão, uma criminalização e uma censura muito forte contra todo o povo palestino”, lamentou Misleh.
Jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh participa do 6º Ato em solidariedade ao povo palestino – Rovena Rosa/Agência Brasil
Ela ressalta que são “13 milhões de palestinos no mundo, 6 milhões em campos de refugiados impedidos do legítimo direito de retornar, milhares na diáspora, outra metade submetida a mais de 75 anos na contínua Nakba, a catástrofe palestina [palavra árabe que se refere ao êxodo de palestinos de áreas que se tornariam Israel]”.
“Agora nós vemos uma nova fase da Nakba, com Israel querendo partir para sua solução final. Mas nós estamos aqui para dizer não, não vamos permitir, vamos continuar a lutar contra isso, para parar o genocídio e para por fim a esse regime brutal de apartheid, colonização, limpeza étnica e genocídio”, disse Misleh. Ela defende ainda a ruptura, pelo governo brasileiro, de relações econômicas, militares e diplomáticas com Israel.
Vozes judaicas
Yuri Haasz, integrante do Coletivo Vozes Judaicas por Libertação, que estava no ato, destacou que Israel não representa a coletividade judaica e que há diversidade de perspectivas sobre o que acontece na região atualmente. “Inclusive nessa violência mais recente, nesse genocídio, nesse massacre genocida que está acontecendo em Gaza agora, ao qual nós nos opomos”, disse.
Yuri Haasz diz que Israel não representa a coletividade judaica- Rovena Rosa/Agência Brasil
Segundo ele, é importante reconhecer quão duro foi o ataque do Hamas em 7 de outubro, que atingiu familiares e amigos da comunidade judaica no Brasil.
“Nós fomos impactados pessoalmente e reconhecemos que foi uma atrocidade e, ao mesmo tempo, a gente reconhece que essa atrocidade, essa violência, ela não emerge do nada. Ela emerge dentro de um contexto de opressão contínua que acontece já há 75 anos contra o povo palestino, quando Israel foi fundado”, contextualiza.
Diversos discursos no ato apontaram que a fundação de Israel foi feita a partir de uma limpeza étnica na região, com uma expulsão em massa dos palestinos das suas terras. Haasz avalia que este é um crime que nunca teve restauração. “Nunca houve justiça em relação a isso, e essa é a origem dessa violência ao longo dos anos. E Israel acabou se formando como um estado de apartheid, dominando duas populações com dois sistemas de lei diferentes”, disse.
De acordo com Haasz, os judeus têm proteções, democracia, direitos civis, e os palestinos são regidos pelo que chamou de governo militar, não tendo os mesmos direitos, sendo “continuamente oprimidos, cerceados, mortos, despejados das suas casas e das suas terras”.
Ele acrescenta que a crítica ao estado de Israel não é a mesma coisa que antissemitismo. “Eu sou neto de sobreviventes do holocausto nazista, a maior parte da minha família foi assassinada durante o holocausto, eu reconheço que o antissemitismo é um problema verdadeiro e real e que precisa ser combatido, da mesma forma que islamofobia, que racismo”, disse.
Haasz explica que criticar as políticas do estado de Israel, sua estrutura, a opressão que Israel exerce sobre os palestinos, a violação de direitos humanos, do direito internacional, não constitui antissemitismo. “Não está discriminando judeus apenas por serem judeus e desumanizando judeus apenas por serem judeus. Está criticando uma política concreta de estado”, finalizou.
Edição: Aline Leal
EdsonLuíz.
18/11/2023 - 00h10
■Para que enganar?
■■Fossem a favor do povo palestino e seriam contra os terroristas do Hamas!
■■■Seriam contra covardes que matam as crianças dos outros e usam as suas próprias crianças como escudo para morrerem em seus lugares.
=》Quer dizer:: usam as “suas” crianças, não ; usam as crianças palestinas como escudo.
Os terroristas fazem como vítimas todas as crianças:: crianças judias e crianças palestinas.
Esperar o que de um terrorista?
■O mínimo que se poderia esperar de um terrorista é que ele cumpra horário!
▪Por mais que um soldado seja cauteloso ao combater terroristas tão covardes, algumas vítimas morrerão. E os covardes e os bonecos destes covardes dirão pelo mundo afora que foram milhões de crianças que morreram (covardes são sempre mentirosos e apoiadores de covardes mentem junto com eles) ; o que os bonecos destes covardes não dirão é que estas crianças morreram porque foram usadas como escudos pelos terroristas para tentarem ficar impunes e repetir suas covardias.
Paulo
17/11/2023 - 23h22
Critique-se Israel, mas que se critique igualmente o Hamas, sem meias-palavras…Explicar não é justificar…
Zulu
17/11/2023 - 21h10
Os palestinos são os que cospem e batem em cadáveres de mulheres ao grito de Allahu Akbar ?
Gente fina mesmo…