As forças militares de Israel invadiram o principal hospital da Faixa de Gaza, o Al Shifa, na última quarta-feira, 15. O chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths, expressou consternação com a invasão, enfatizando que “hospitais não são campos de batalha”.
Um jornalista presente no local relatou à BBC que as forças israelenses vasculharam o hospital, indo de quarto em quarto e de andar em andar, interrogando tanto a equipe médica quanto os pacientes.
Mohammad Zaqout, diretor geral dos hospitais na Faixa de Gaza, afirmou ao canal Al Mayadeen que as forças israelenses ocuparam a sala de emergência do hospital Al Shifa e atacaram pacientes. “[O exército israelense] realizou várias incursões no hospital Shifa, invadiu a sala de emergência e atacou pacientes”, declarou Zaqout.
Segundo relatos de um jornalista, as ações dos soldados incluíram disparos no ar para forçar as pessoas a deixarem o hospital. A Al Jazeera informou, citando fontes do hospital, que as forças armadas de Israel destruíram um armazém que guardava medicamentos e equipamentos médicos.
Na manhã da última quarta-feira, 15, a Al Arabiya havia noticiado que o exército israelense notificou oficialmente o pessoal médico do hospital Al Shifa sobre sua intenção de invadir o local. Posteriormente, as Forças de Defesa de Israel (IDF) declararam que estão realizando uma operação “precisa e direcionada” contra o Hamas no hospital, visando evitar danos a civis.
Tanto Israel quanto os Estados Unidos acusam o movimento palestino Hamas de usar o hospital Al Shifa para operações de guerra contra Israel. O Hamas, por sua vez, nega as alegações de que utiliza o hospital para fins militares.
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