O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se, em uma ligação telefônica com o presidente de Israel, Isaac Herzog, a intensificar seus apelos pela libertação de reféns mantidos pelo grupo militante Hamas.
Lula expressou grande preocupação com a crise humanitária em Gaza, especialmente em relação às crianças. A conversa, que durou cerca de 40 minutos, abordou a solicitação de Herzog de auxílio, envolvendo a articulação com países da América Latina.
A Presidência da República divulgou que, além de se comprometer com o pedido de Herzog, Lula destacou ter feito apelos semelhantes pela libertação de reféns em contatos com diversos líderes do Oriente Médio, como Irã, Emirados Árabes Unidos, Turquia, Catar, Egito, Autoridade Palestina, França, Rússia e Índia. O presidente brasileiro também mencionou a videoconferência realizada com familiares israelenses dos reféns.
Lula agradeceu o apoio israelense à repatriação de 32 brasileiros e seus familiares que estavam em Gaza. Ele informou que o governo brasileiro está elaborando uma segunda lista com brasileiros e parentes palestinos. O presidente reafirmou a postura pacífica do Brasil, manifestando repúdio a atos de antissemitismo, os quais o governo brasileiro está empenhado em coibir.
Ao recordar o envolvimento do Brasil na criação do Estado de Israel, Lula expressou sua convicção sobre a importância da solução de dois Estados, com Israel e Palestina vivendo lado a lado, possuindo fronteiras seguras e mutuamente aceitas.
Ele já havia demonstrado preocupação anteriormente com os civis em Gaza, criticando a operação do Exército israelense e considerando os ataques em retaliação ao Hamas tão graves quanto a ação do grupo militante, alegando que as forças israelenses estariam matando civis “sem nenhum critério”.
Lula fez essas declarações durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em meio à guerra que teve início em 7 de outubro, quando membros armados do Hamas romperam a cerca da fronteira da Faixa de Gaza com o sul de Israel.
Os israelenses alegaram que o grupo palestino matou 1.200 pessoas e sequestrou 240, no pior dia de violência na história de Israel. Em resposta, Israel impôs um cerco e realizou ataques aéreos, marítimos e terrestres ao enclave densamente povoado e controlado pelo Hamas. De acordo com o Ministério da Saúde em Gaza, os ataques israelenses resultaram na morte de mais de 11,5 mil pessoas, sendo cerca de 40% delas crianças.
Nelson
17/11/2023 - 15h42
PORQUE O HAMAS NÃO É UMA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA
Por Albagranada
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“O Hamas, que reconheceu o TPI e pretende cooperar, rejeita a acusação de ‘terrorismo’, que é um conceito político e mediático mas não jurídico. O Hamas nunca figurou na lista de organizações terroristas da ONU. O Hamas afirmou o seu acordo com o direito internacional e a sua vontade de cooperar com o TPI.”
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“Pelo contrário, a entidade sionista rejeita o direito internacional e rejeita qualquer cooperação com o TPI; é o Hamas que está em sintonia com o direito, e a entidade sionista que o nega. Os crimes que hoje estão a ser cometidos são uma consequência desta negação da lei.”
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“Quem vê, ouve ou lê os media ocidentais fica com a certeza de que o Hamas é um grupo terrorista e que deve ser tratado como tal. No entanto, acreditem ou não, a maioria da população mundial condena o genocídio de Israel em Gaza por muitas razões.”
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“Em primeiro lugar, porque matar, na sua esmagadora maioria, crianças, mulheres e idosos, jornalistas e médicos, não parece ser a forma de eliminar um grupo terrorista. De facto, não faz qualquer sentido.”
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“A luta contra o terrorismo parece dar aos aliados do império plena liberdade e imunidade para cometerem todo o tipo de atrocidades.”
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“[…]o que é o terrorismo? Embora possa parecer que não, não existe uma definição consensual no direito internacional. Porque, evidentemente, se houvesse, haveria o risco de muitos governos e os seus exércitos poderem ser acusados de serem entidades terroristas. É por isso que decidiram deixar a questão em aberto e no domínio político, ou seja, nas mãos dos senhores do mundo, a quem é dado o poder de decidir quem pode ser ou não ser rotulado de terrorista, de impor a sua narrativa e de aplicar as suas punições.”
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A íntegra do artigo está disponível em
https://www.resistir.info/palestina/hamas_09nov23.html
Nelson
17/11/2023 - 15h35
APOIADOS POR MILITARES DE ISRAEL, COLONOS ILEGAIS IMPÕEM REINADO DE TERROR A PALESTINOS NA CISJORDÂNIA
Por Peter Oborne
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Companheira(o)
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Neste artigo, o jornalista e radialista britânico, Peter Oborne, conta um pouco da rotina dos palestinos. Detalhe: não é a rotina dos palestinos da Faixa de Gaza onde o Hamas governa, mas, da Cisjordânia, onde quem governa é a Autoridade Nacional Palestina.
A seguir, alguns excertos iniciais do artigo:
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“É a mesma história em todas as aldeias das colinas do sul de Hebron. Os colonos israelenses confiscam o gado, destroem tanques de água e painéis solares, demolem casas e olivais dos quais os agricultores palestinos dependem para a sua subsistência.”
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“Como as antigas tropas das SS nazistas, eles chegam sem avisar, armados com metralhadoras M16 – que costumam usar com imensa alegria –, espancam os aldeões com barras de ferro, com paus, com os punhos e com as coronhas das suas armas.”
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“Agridem mulheres e idosos. Entram nas casas palestinas, arrancando utensílios e acessórios, roubando dinheiro, destruindo papéis, derrubando móveis. Atiram para matar. Muitos usam uniformes militares. Eles impuseram um reinado de terror. E são apoiados pelo exército de Israel.”
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“A sua mensagem aos palestinos é sempre a mesma: saiam ou serão mortos. E enquanto os colonos estão armados e atuam impunemente, os palestinos ficam indefesos.”
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A íntegra do artigo de Peter Oborne pode ser lida em
https://www.viomundo.com.br/politica/peter-oborne-apoiados-por-militares-de-israel-colonos-ilegais-impoem-um-reinado-de-terror-contra-os-palestinos-na-cisjordania.html.
Alexandre Neres
17/11/2023 - 15h17
Confira os principais trechos de entrevista do diplomata e cientista político Paulo Sérgio Pinheiro foi ministro dos Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso. Ele é professor aposentado do Departamento de Ciência Política da USP e integrou o grupo de trabalho nomeado por Lula que preparou o projeto de lei da Comissão Nacional da Verdade.
“Cera” para liberar os brasileiros “por razões políticas”
Vou dizer o que eu pensei durante todo esse tempo. A diplomacia brasileira se comportou magnificamente. Nem me interessa bem quem são esses brasileiros, se são bolsonaristas ou se são evangélicos que apoiam qualquer governo em Israel.
Não importa se brasileiros se comportaram bem. Quem não se comportou bem foi o governo de Israel. Ele praticamente fez chantagem com o governo brasileiro.
É inexplicável esse atraso. Eles não gostam da independência do Brasil, da nossa política externa independente, como se falava no tempo do João Goulart [pré-golpe de 64].
Só aceitam o total enquadramento. Basta falar sobre essa palhaçada desse embaixador de Israel [Daniel Zonshine] que levou o inominável [Bolsonaro] para se encontrar com outros coleguinhas de extrema direita. Isso não dá.
Isso é inaceitável. Nunca vi isso em 40 anos de política, de vida internacional. Nunca vi isso. Um governo de um país que convida o presidente anterior, que está sem direitos políticos por oito anos, para fazer um convescote no Congresso Nacional.
Estão erradíssimos! A presidência do congresso está erradíssima em ter tolerado isso. Os deputados brasileiros que participaram dessa palhaçada evidentemente são coautores.
Isso é lamentável. A conduta do governo de Israel foi lamentável em adiar sem nenhuma razão, sem nenhuma razão, simplesmente por vingancinha. Fizeram isso porque o presidente [Lula] disse que não se trata mais de uma guerra e sim do genocídio.
Israel não gostou e resolveram fazer toda essa cera.
“Israel age no Brasil como ‘Casa da Mãe Joana’”
Há declarações totalmente inaceitáveis do embaixador de Israel. Olha, Israel se comporta no Brasil como se estivesse na “casa da mãe Joana”.
Houve um incidente há dois meses na Universidade de São Paulo. Os alunos fizeram um protesto contra um centro ligado à Israel. Policiais e pessoas do consulado de Israel apareceram com cachorros exigindo o fechamento do prédio.
Felizmente a diretora estava lá disse que manda naquele prédio. Quer dizer: eles invadem a Universidade de São Paulo, provavelmente com essas forças eu não sei se são do Mossad [serviço secreto israelense] ou não.
Vários países, como os Estados Unidos, têm os fuzileiros navais para protegerem os seus consulados e embaixadas. Imagino que Israel faça o mesmo.
Somando o convescote do embaixador no Congresso e mais essa fal essa falação “somos nós do Mossad”… o governo brasileiro não tem que submeter a isso.
E a reação do ministro foi correta. É um sinal de que o Brasil precisa ter uma atitude mais diplomaticamente consequente com o governo de Israel. Não vou dar lições ao chanceler [Mauro Vieira], que eu admiro.
Mas está na hora do governo brasileiro chamar de volta o embaixador. Bibi Netanyahu resolveu dar com a língua nos dentes. A posição do Brasil foi extremamente consequente no Conselho de Segurança. As falas do presidente Lula já estavam solidárias com outros países latinoamericanos na questão da Palestina.
E, desde então, em todas as reuniões internacionais, o presidente tem uma atitude absolutamente independente em relação à política de Israel.
Quero dizer a todos os meus amigos no governo que não dá mais para tolerar. Esses dois incidentes já são gravíssimos. Numa relação diplomática formal é um desconhecimento total das regras básicas da convivência diplomática.
“A carta do antissemitismo é uma carta ‘surrada’”
Essa carta do antissemitismo é uma carta surrada que confunde. Primeiro, partem do princípio que Israel representa o judaísmo no mundo. Não são eles os representantes dos judeus.
Eles são representantes de alguns judeus. Judeus que estão em Israel. Não falam do governo supremacista judaico atual, de extrema direita. Não falam das comunidades judaicas Independentes.
Israel tem um investimento enorme no mundo. Por exemplo, eles têm aqui uma entidade que chama Stand with Us [ligado ao André Lajst] para defender a posição de Israel.
É evidente que vários órgãos da imprensa usando os press releases do consulado e da embaixada como se fosse investigação jornalística. Mas isso é um problema doméstico agora que Israel tem uma poderosa ação de propaganda.
Poderia haver solidariedade depois dos incidentes do dia 7 de outubro. Mas foi por água abaixo após o presidente de Israel dizer que, em Gaza, nós não vamos distinguir entre os combatentes e os civis.
Trata-se da proteção dos direitos dos civis. É a pedra de toque das leis da Convenção de Genebra, de todas as convenções internacionais das Nações Unidas.
E esse presidente diz não nós não vamos distinguir todos que são culpados. Teve declarações dos ministros desse governo e um até que pediu um ataque nuclear, cometendo uma indiscrição.
Porque no mundo, Israel esconde que é uma potência nuclear. E o cara pediu uma bomba nuclear. Até o Bibi foi obrigado a suspendê-lo por essa por esse estrupício total, por essa declaração estúpida.
Querer transformar as críticas de Israel, a tomada de posição ao lado do povo palestino, de antissemitismo é conversa para boi dormir. Não cola mais no Brasil.
O governo Clinton cismava que havia uma célula terrorista na Tríplice Fronteira com os estados da Argentina e do Paraguai. Na época nós investigamos e não tinha célula nenhuma. E o governo de Washington continuava a manter e nó em cima do governo Fernando Henrique [Cardoso].
Israel não respeita nenhuma resolução da ONU. Eles não respeitam as convenções de direitos humanos.
Por isso, querer falar conosco dessa forma é um escândalo inaceitável.
Alexandre Neres
17/11/2023 - 13h31
Estou condoído com a forma que estão tratando o pobrezinho do estado de Israel.
Até o Soneca Biden está abandonando o barco, já que a coisa estava ficando feia para ele. Está até avalizando por meios transversos uma Resolução da ONU que foi levada a cabo pelo Brasil, naturalmente um pouco desossada, para tentar tirar o protagonismo do único líder mundial que persevera.
Tadinho do Bibi e de toda a extrema-direita mundo afora.
Afinal de contas, Israel não fez nada demais com a população palestina nos últimos 60 anos, não é mesmo? Tampouco fomentou o Hamas, como seus patrões fizeram com a Al Qaeda e os Talebans, para prejudicar os esquerdistas do Fatah.
Que tal o Terrorismo de Estado?
Por fim, mas não menos importante, e o “liberal” Vargas Llosa, hein? Apoiando na maior cara dura o anarcolibertário Milei, que defende a venda de órgãos humanos e o fim do Banco Central, que faz até o inominável parecer um cara comedido. Esses sabujos, que fazem o jogo da direita a qualquer preço, que para defender seus interesses mais mesquinhos sacrificam até a democracia de um país, não vendo nada demais nem comentando sobre a intentona golpista de 8J, são mesmo um caso sintomático da deliquescência de nossa sociedade!
EdsonLuíz.
17/11/2023 - 10h59
■Um horror a cobertura que este antes mais cauteloso “ocafezinho.com” está fazendo do combate que Israel trava contra o terrorismo.
■■Os erros de Israel em relação aos palestinos existem, são muito graves, mas são de outra natureza, bem diferente destes que os ditadores Xi Jiping e Vladimir Putin mandam repetir e o Lula, o PT e seus apoiadores repetem.
=》Crianças morrem na Palestina devido ao combate que Israel trava com os terroristas do Hamas?
▪Sim, morrem!
Mas as crianças morrem por os terroristas serem covardes e se esconderem por trás das crianças, covardemente usando crianças como escudo.
Terroristas são sempre covardes mesmo! Jornais que se associam a terroristas são covarde junto com eles.
O mínimo que se pode esperar de um terrorista é que ele cumpra o horário, mas o Hamas não informa horário e não retira as crianças, embora Israel faça comunicação barulhenta para que as crianças sejam retiradas.
E os arsenais dos terroristas estão escondidos em túneis escavados exatamente embaixo de creches e hospitais.
■Covardes!
■Covardes!
■Covardes!
E Lula e “ocafezinho”, quando tentam constranger os que combatem os terroristas, só estão perpetuando a situação no corredor palestino e sendo covardes tanto quanto são covardes os terroristas.
■■■Por mais que um soldado tome cuidado, crianças vão morrer quando terroristas as usarem como escudo para as crianças morrerem no lugar deles.
Políticos pusilânimes e os jornais que os apoiam resolvem culpar pelas mortes das crianças os que combatem o terrorismo e não culpar os terroristas!
▪E ainda repetem os números de vítimas mentirosos divulgados pelos terroristas e por seus cúmplices.
■Cabe condenar Israel por erros que Israel comete contra o povo palestino por medo dos terroristas. Cabe também exigir que seja feita investigação para saber se Israel está cometendo crimes de guerra. Mas não cabe criar constrangimentos para proteger os terroristas.