O caso envolvendo o encontro de Luciane Barbosa Farias, casada com Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, apontado como líder do CV (Comando Vermelho), com membros do governo, deixou claro que em algum momento o PT precisará conversar com o “outro PT”, para seguir adiante.
O presidente Lula sabe muito bem que muitos dos ataques contra os ministros Flávio Dino (Justiça) e Silvio Almeida (Direitos Humanos) são de membros da própria base do governo, muitos deles do PT. Tampouco isso é um segredo em Brasília.
E para evitar que seja conflagrada uma guerra aberta dentro da própria base do governo, desde a última terça-feira (14), membros relevantes do PT passaram a compartilhar dois textos em grupos petistas no WhatsApp. O primeiro, do doutor em Sociologia, jornalista e professor Marcos Rolim, e o segundo, escrito pelo jornalista Moisés Mendes. Ambos, em certa medida, defendem Dino e o governo diante da série de ataques e publicações sobre o assunto.
Na visão de quem recebeu os textos, este seria um esforço de lideranças do partido para evitar que o fogo amigo contra desafetos da “ala Jair” do PT escalasse ainda mais. O que acabou funcionando.
Há quem veja tais movimentos como um sinal de que Dino talvez seja de fato indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Já que os “figurões” petistas estariam pedindo uma trégua.
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