Um e-mail confidencial destinado aos repórteres do Estadão e que foi divulgado pelo jornalista Leandro Demori nas redes sociais nesta quinta-feira, 16, revela os procedimentos de apuração e os buracos deixados na recente matéria do jornal sobre a suposta “dama do tráfico amazonense”, Luciane Barbosa Farias, que teve uma audiência com integrantes do Ministério da Justiça.
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O comunicado, assinado por David Friedlander, Leonardo Mendes e Eurípedes Alcântara, foi enviado aos jornalistas às 10h55, em meio à intensa controvérsia gerada pela reportagem em questão, conforme informações de Demori.
Ainda nas redes. Demori descreveu o vazamento da carta como uma “errata apenas para o público externo” e questionou a ausência de uma resposta pública por parte do Estadão em relação às acusações sobre Luciana, suposta esposa de um líder do Comando Vermelho no Amazonas.
No e-mail enviado aos seus jornalistas, a direção do Estadão justifica a iniciativa como parte de um esforço para “padronizar e aprimorar as diretrizes jornalísticas visando à melhoria da qualidade do nosso conteúdo”. O documento oferece orientações aos jornalistas e apresenta um manual de procedimentos para reportagens que envolvem acusações criminais.
O jornal reconhece que, em grande parte dos casos, “não temos meios de verificar a qualidade da apuração” e destaca que “as matérias do Estadão não podem imputar crimes a indivíduos com base na apuração de outras fontes ou apenas em informações em off”. Além disso, os jornalistas são orientados a publicar conteúdo que “imputa crimes somente com acesso da nossa reportagem ao inquérito”.
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