Na sequência de um recente apagão que afetou a capital paulista e a região metropolitana, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), formalizou um pedido à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a revogação do contrato de concessão da Enel.
A empresa italiana, que obteve vantagens na privatização da Eletropaulo, é responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo e em outros 23 municípios da Grande São Paulo desde 2018. Após deixar milhões de paulistanos sem energia no último dia 3 de novembro, levando uma semana para normalizar o serviço, a Enel tornou-se alvo de críticas intensas de diversos setores políticos, incluindo a direita e a esquerda.
Durante uma vistoria a obras no córrego Água Espraiada, na zona sul da capital, o prefeito Nunes expressou sua insatisfação, afirmando: “Solicitei à Agência Nacional de Energia Elétrica o cancelamento do contrato com a Enel”. Ele destacou como justificativa o fato de cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS) terem ficado sem energia elétrica durante o episódio.
A Enel, por sua vez, atribui as frequentes quedas de energia às condições climáticas, ao mesmo tempo em que realiza demissões significativas de funcionários visando aumentar seus lucros, o que eleva a preocupação quanto à possibilidade de novos apagões na cidade de São Paulo.