O jornal O Globo também entrou na onda sionista e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um editorial publicado nesta quarta-feira, 15.
O motivo da ofensiva foi a postura do chefe de estado brasileiro em denunciar as ações de Israel contra a população palestina, as quais, segundo Lula, resultaram em mais de 11 mil mortes de civis, especialmente mulheres e crianças, incluindo ataques a diversos hospitais. O Globo considerou que Lula fez um “paralelo descabido” ao rotular as ações de Israel como terroristas, assim como fez em relação ao Hamas.
“Desde o início, a postura de Lula tem mostrado desequilíbrio. Embora tenha condenado o ataque terrorista do Hamas e feito uma videoconferência com familiares das vítimas — entre as quais havia três brasileiros —, não recebeu nenhum representante de entidade judaica”, escreve o editorialista.
“Em vez disso, duas semanas depois dos ataques confraternizou com o roqueiro Roger Waters, acusado de antissemitismo por sua militância em favor do boicote mundial a Israel”, prosseguiu.
Na sequência, jornal da família Marinho afirma que é um exagero classificar Israel como um estado terrorista. “Um abuso de linguagem, como tantos outros que Lula costuma cometer”, dispara. Por fim, o editorial declara que “de um líder, exige-se mais comedimento nas palavras — e, sobretudo, mais equilíbrio num conflito que mobiliza tanta dor e paixão”.