A presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, expressou seu forte repúdio em relação aos editoriais dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, os quais criticaram o presidente Lula por suas declarações sobre o genocídio na Faixa de Gaza perpetrado por Israel.
Segundo Gleisi, é inadmissível que “a arrogância dos editoriais do Globo e Estadão, que querem censurar o presidente Lula, determine as palavras que ele pode ou não dizer sobre o massacre da população civil”.
O Globo e Estadão atacaram Lula após o presidente condenar os crimes de guerra de em Israel
O jornal O GLOBO, pertencente à família Marinho, criticou o presidente em um editorial divulgado nesta quarta-feira. A controvérsia surgiu devido às denúncias feitas por Lula sobre as ações consideradas terroristas de Israel contra a população palestina. As ações já ocasionaram mais de 11 mil mortes de civis, com destaque para mulheres e crianças, incluindo ataques a diversos hospitais.
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Assim como o concorrente conservador, o Estado de S. Paulo também publicou um editorial nesta quarta-feira.
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“O presidente Lula da Silva considera que a ofensiva de Israel contra o Hamas é ‘terrorista’, ao, segundo ele, ‘não levar em conta que mulheres e crianças não estão em guerra’. Numa só frase, o petista distorceu completamente o cenário da guerra, igualou situações inigualáveis e confirmou sua incapacidade de perceber a complexidade do mundo, prisioneiro que é do ranço ideológico de uma esquerda primitiva”, escreveu o editorialista.
A líder do partido reagiu
“A mesma censura que nos impõem sobre manifestações em solidariedade aos palestinos ao redor do mundo. Precisamos recorrer à mídia estrangeira para saber das marchas de centenas de milhares na Europa e até nos EUA, porque os donos da nossa imprensa não admitem que há dois lados nessa guerra, não apenas o que eles apoiam. Aferram-se a uma discussão bizantina, sobre o emprego da palavra terrorismo, para no fundo sancionar a retaliação bárbara e desproporcional do governo Netanyahu aos condenáveis ataques do Hamas a civis de Israel. “Primitivo” é impor a lei do mais forte numa região ocupada por meio da violência. “Desequilíbrio” é escolher entre seres humanos os que podem ser mortos e aqueles que podem matar. “Descabido” é proibir Lula de receber um artista como Roger Waters por causa de suas posições políticas. Lula elevou o Brasil a um protagonismo inédito na diplomacia internacional, até por expor corajosamente os limites do sistema unipolar em que vivemos. É isso que incomoda tanto os donos mesquinhos da nossa imprensa.”
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