O jornal O Globo retomou nesta terça-feira, 13, sua artilharia contra a indicação do respeitado economista Marcio Pochmann para a presidência do IBGE, publicando um editorial fajuto intitulado “Gestão Pochmann no IBGE desperta os piores temores”.
Em consonância com os porões do neoliberalismo e do esgoto da extrema-direita, o jornal da Família Marinho continuou investindo em alegações infundadas, sugerindo que Pochmann poderia influenciar de maneira manipulativa nas estatísticas oficiais do governo brasileiro.
“A escolha de Pochmann, quadro histórico do PT, veio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passando por cima da ministra do Planejamento, Simone Tebet. Causou desconforto em setores do próprio governo, por despertar temores de gestão ideológica numa instituição que precisa ser eminentemente técnica. Com menos de um ano à frente do IBGE, Pochmann vem infelizmente confirmando tais temores”, afirma o texto.
“Outra preocupação diz respeito à manipulação dos números. No mês passado, Pochmann criticou a produção de estatísticas sob influência dos países ocidentais. Disse ter havido deslocamento global para o Oriente e citou a China como modelo. Ora, a ditadura chinesa não é exemplo de transparência em nada”, dispara o editorialista.
“A China acaba de suspender a divulgação das estatísticas de desemprego entre jovens porque os dados eram desfavoráveis. É isso que ele defende? Querer dirigir estatísticas não dá certo. Na Argentina, em 2012, o governo de Cristina Kirchner interveio no Indec, correspondente ao IBGE brasileiro, para maquiar os índices de inflação. O resultado foi a perda de confiança em qualquer número oficial”, completou.