O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na madrugada desta terça-feira (14), o grupo de 32 brasileiros e palestinos, parentes de brasileiros, resgatados da Faixa de Gaza. Durante a recepção, o presidente assegurou o compromisso do país em continuar os esforços para repatriar todos os interessados em deixar a região do conflito e retornar ao Brasil, ou, no caso de estrangeiros, acompanhar os familiares brasileiros.
LEIA: A recepção calorosa de Lula aos brasileiros repatriados de Gaza
Lula declarou: “A gente vai tentar fazer todo o esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira para tentar trazer todos os brasileiros que lá estão e que queiram vir para o Brasil. Inclusive, alguns companheiros que tinham parentes não brasileiros eu pedi para trazer e a gente trataria de legalizar as pessoas aqui no Brasil.” Ele reforçou o compromisso de não deixar nenhum brasileiro na região por falta de cuidado do governo.
Acompanhado da primeira-dama Janja da Silva e de ministros como Mauro Vieira, Flávio Dino, Silvio Almeida, Nísia Trindade, Paulo Pimenta, Celso Amorim, e comandantes das Forças Armadas, Lula recebeu os repatriados na pista, cumprimentando cada um deles no pé da escada do avião. O primeiro a desembarcar foi Hasan Habee, conhecido por compartilhar vídeos que destacavam a angústia vivida na Faixa de Gaza durante os ataques de Israel.
Em seu agradecimento, Habee relatou: “Boa noite. Queria agradecer ao presidente, governo federal, Força Aérea e Itamaraty. A gente ficou lá 37 dias, muito sofrimento. Às vezes passamos fome e sede. O que está acontecendo lá é um massacre.” Ele compartilhou as dificuldades enfrentadas por suas filhas, que inicialmente eram informadas de que as explosões eram fogos de artifício, mas não puderam manter essa narrativa por muito tempo.
Habee solicitou a Lula a vinda de seus parentes, aguardando a liberação de uma segunda lista de brasileiros ou familiares de brasileiros. O presidente reiterou seu compromisso de buscar todos os brasileiros na região e destacou o trabalho sério realizado pela diplomacia brasileira, a Aeronáutica e o ministro das Relações Exteriores.
Apesar da demora na inclusão dos brasileiros nas listas de evacuação, a operação foi considerada uma vitória diplomática. O grupo repatriado permanecerá por pelo menos dois dias em alojamento da FAB, recebendo apoio psicológico, cuidados médicos e imunização, antes de ser encaminhado para outras cidades no Brasil ou para um abrigo especializado em acolhimento de refugiados no interior de São Paulo.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!