O Tesouro Nacional obteve US$ 2 bilhões, nesta segunda-feira (13), ao emitir “títulos verdes” no cenário internacional.
“Nós conseguimos, na minha opinião, um resultado bastante expressivo, foram colocados US$ 2 bilhões de dólares em títulos sustentáveis, a primeira vez que o Brasil emite esse tipo de título”, informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a jornalistas.
Através da colocação de títulos no mercado internacional, o governo brasileiro angaria fundos de investidores estrangeiros, assumindo o compromisso de reembolsar esses recursos em um prazo estipulado, acrescido do pagamento de juros.
No contexto dos títulos sustentáveis, os recursos provenientes dessa emissão são destinados a projetos ambientais, como o apoio ao Fundo do Clima, ou direcionados para a implementação de ações sociais, como iniciativas de combate à pobreza.
Segundo comunicado, o Tesouro se compromete a distribuir os recursos obtidos de acordo com as seguintes proporções:
- Entre 50% e 60% para iniciativas ambientais; e
- Entre 40% e 50% para ações sociais.
Os títulos, que foram emitidos hoje em dólares, possuem um prazo de sete anos, com o vencimento previsto para 2031. A taxa de retorno para o investidor internacional será de 6,5% ao ano.
Conforme informado pelo Tesouro, 75% dos investidores que adquirem os ‘títulos verdes’ são provenientes da Europa e da América do Norte, enquanto os restantes 25% são da América Latina, incluindo o Brasil.
Esta representa a segunda emissão de títulos no mercado internacional neste ano. Em abril, o Tesouro Nacional obteve US$ 2,25 bilhões ao emitir títulos da dívida externa.
A emissão de hoje, contudo, marcou a primeira vez que o Brasil emitiu os chamados “títulos soberanos sustentáveis”, direcionados especificamente para o financiamento de projetos ambientais.