Sputnik – O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou, nesta quinta-feira (9), a dissolução do parlamento e a antecipação das eleições legislativas. Os portugueses irão novamente às urnas em 10 de março.
A decisão foi tomada após o primeiro-ministro, António Costa, apresentar sua demissão na última terça-feira (7), quando foi deflagrada uma megaoperação anticorrupção que tem o próprio premiê como um dos investigados.
Antes de tomar a decisão, o presidente se reuniu com as lideranças de todos os partidos com representação parlamentar, além de ter convocado uma sessão do Conselho de Estado.
RENÚNCIA
O primeiro-ministro português, António Costa, apresentou sua demissão ao presidente da República nessa terça-feira (7), após o Ministério Público anunciar que Costa é alvo de uma investigação autônoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogênio.
A polícia realizou cerca de 40 buscas na manhã de hoje (7), incluindo a residência oficial de Costa, o Palácio de São Bento, e os ministérios das Infraestruturas e do Ambiente e da Ação Climática.
O chefe de gabinete do premiê, Vítor Escária, e o empresário Diogo Lacerda Machado, amigo próximo de Costa encarregado da nacionalização da companhia aérea TAP, foram detidos. As ações enquadram-se em uma investigação aos projetos de exploração de lítio em Montalegre, segundo a SIC Notícias.
Obviamente apresentei minha demissão. Encerro com a cabeça erguida e a consciência tranquila. Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou sequer de qualquer ato censurado”, disse Costa em pronunciamento ao país, no qual negou participação nas irregularidades.
O presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, também foi detido, bem como dois dirigentes da empresa. Os ministros do Ambiente, Duarte Cordeiro, e das Infraestruturas, João Galamba, bem como o ex-ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, serão constituídos como pessoas de interesse nas investigações.