O chefe da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, expressou desaprovação na quinta-feira, 9, em relação às declarações do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. Isso aconteceu após uma operação conjunta entre a PF e o Mossad, serviço de inteligência de Israel, desmantelar uma suposta trama terrorista no Brasil ligada ao grupo Hezbollah.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, Zonshine afirmou que, “se escolheram o Brasil, é porque tem gente que ajuda”, referindo-se à descoberta de pessoas recrutadas pelo Hezbollah.
Segundo relato de Passos Rodrigues a Camila Bomfim, do g1, a declaração do embaixador causou “mal-estar” e “surpresa”. Ele enfatizou que foi uma surpresa negativa, considerando as relações históricas entre Brasil e Israel, e rejeitou totalmente a postura de Zonshine.
O diretor-geral enfatizou que a postura de Zonshine gerou “profundo mal-estar nas relações da PF” e lamentou a forma como o trabalho técnico está sendo explorado, destacando que este é orientado estritamente pela Constituição e pelas leis brasileiras.