Diplomacia brasileira diante de provocações do embaixador de Israel: postura de cautela

Nos últimos dias a embaixada de Israel no Brasil decidiu lançar uma série de provocações ao governo brasileiro, desde declarações de seu embaixador lançando teses sobre a cumplicidade do país com terrorismo e se reunindo com a oposição ao governo. Isso sem falar da injustificável retenção dos 34 brasileiros em Gaza.

A avaliação de fontes na diplomacia brasileira, seja no Ministério das Relações Exteriores ou próximas de Celso Amorim, Chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, é que a situação passou dos limites mas que não entraram em atritos com Israel por enquanto.

O foco é unicamente trabalhar para que os cidadãos em Gaza sejam retirados e nada além disso e medidas mais “firmes” contra a embaixada de Israel no Brasil seriam analisadas apenas após essa questão.

A postura é unicamente de cautela e a pressão será feita apenas através de constantes exigências para que os brasileiros sejam removidos de Gaza. “Todo o resto está abaixo dessa prioridade [resgatar os brasileiros”, disse uma das fontes.

Por isso, mesmo que nas redes sociais e na imprensa já há quem defenda medidas mais enérgicas contra a embaixada de Israel dificilmente elas serão tomadas enquanto essa situação não for resolvida.

Essas mesmas fontes também negaram que o Brasil irá, por enquanto, emitir qualquer comunicado mais contundente como fez a África do Sul que acusou abertamente Israel de boicotar países que não defendem o genocídio cometido contra palestinos durante o combate contra o grupo terrorista Hamas.

O momento é de cautela.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
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