O presidente da Enel Brasil, Nicola Contugno, defendeu veementemente a atuação da empresa em meio a um temporal severo em São Paulo, descrevendo o incidente como extraordinário devido aos ventos fortes que atingiram aproximadamente 104 km/h.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Cotugno explicou que a resposta da companhia foi dificultada pela queda de cerca de 1.400 árvores, das quais mil interferiram na rede elétrica, exigindo esforços intensos para a restauração do serviço, incluindo a substituição de postes e a reconstrução de quilômetros de rede elétrica.
“Não teve negligência nossa. Não é para nos desculparmos, não. Foi algo excepcional. Quando chega um furacão no Texas, o problema não é a empresa elétrica, é o furacão. Aqui estamos acostumados com eventos menores”, disse.
“Mas, se olharmos de uma forma racional e não emocional, a gente está fazendo um trabalho incrível por um fenômeno pelo qual não tivemos controle”, prosseguiu.
Ele reiterou que não houve negligência por parte da empresa e destacou a excepcionalidade do evento. Comparou a situação a um furacão no Texas, argumentando que o desafio não reside na empresa elétrica, mas sim na natureza do fenômeno.
Cotugno contestou a noção de que os cortes de pessoal prejudicaram a resposta da Enel ao apagão, assegurando que as equipes de campo foram mantidas e que a qualidade do serviço melhorou desde 2019, impulsionada por investimentos em tecnologia e infraestrutura, embora o efetivo tenha diminuído em 35% desde então.
O presidente enfatizou que, dentre os quase 8 milhões de afetados, 960 mil tiveram a energia restabelecida nas primeiras 24 horas. Ele admitiu problemas iniciais de comunicação com o call center, mas ressaltou que a situação foi prontamente resolvida e a transparência foi mantida com atualizações consistentes.
Além disso, Cotugno ressaltou a importância de um novo enfoque para lidar com eventos climáticos extremos, propondo o enterramento de redes elétricas como uma possível solução, embora reconheça que é uma medida complexa que exige coordenação, investimento e tempo.
Ele salientou que o enterramento dos fios é “um projeto de país, com custos compartilhados. Temos que avaliar a abrangência, velocidade, entender quais as áreas mais frágeis. Não é enterrar em qualquer rua. Se começarmos agora, em quatro ou cinco anos já veremos resultados efetivos”.
Peterson Silva
07/11/2023 - 14h58
“com custos compartilhados”
AAAHHH BONITÃO. Na hora de lucrar é só acionista, né. Na hora dos custos, cadê os tais investimentos que a privatização traz? C*zão do c*ralho
Galinzé
07/11/2023 - 11h22
E’ obvio que o problema sao os fios eletricos pendurados nos postes como era 50 anos atras e nao a ENEL ou qualquer outra companhia
que faça a gestao.
E’ obvio que se os fios da energia sao pendurados nos postes ao lado de arvores ao inves de passar de baixo do solo quando caem as arvores
a energia acaba e as linhas do telefone tambem.