PEC dos militares na política: fardados seguirão podendo comandar pastas

O senador Jorge Kajuru (PSB) afirmou com exclusividade para a coluna que a PEC que busca afastar militares da política deve seguir sem muitas alterações sob sua relatoria.

O texto da PEC enviado pelo governo prevê transferência imediata para a reserva de militares que disputarem as eleições. Sendo assim, o texto não incluirá um trecho para evitar que militares da ativa integrem o primeiro escalão do governo, que já não contava com o apoio do senador Jaques Wagner (PT-BA), que considera a medida “discriminatória”.

Segundo Kajuru, a decisão sobre não incluir o texto vem depois de conversas com os senadores Jaques Wagner (PT), Randolfe Rodrigues (SEM PARTIDO) e Otto Alencar (PSD). O senador também fez questão de reafirmar que está construindo o texto com base em consensos e que não é alvo de pressões. Segundo ele, “todo mundo aceita o meu relatório do jeito que eu quiser”.

Kajuru também afirmou que uma das primeiras pessoas com quem conversou sobre a proposta foi o ministro da Defesa, José Múcio, seu amigo pessoal, e que, segundo ele, foi uma das conversas mais prazerosas que já teve.

O senador afirmou que o ministro lhe deixou muito à vontade para redigir o texto da maneira que acreditasse ser a melhor, não impondo condições.

Ele também fez questão de frisar que falaram não só sobre a PEC, mas também sobre suas carreiras como compositores (Múcio lançou um álbum este ano nos serviços de streaming) e que, para além das discussões sobre a PEC, foi um verdadeiro “stand-up” com ambos contando causos sobre suas vidas.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
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