Prensa Latina – O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, e o presidente da Agência Chinesa de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional (Cidca), Luo Zhaohui, destacaram nesta segunda-feira (6) a relevância dos laços bilaterais.
Luo destacou o importante consenso alcançado entre os presidentes Miguel Díaz-Canel e Xi Jinping para construir uma comunidade com futuro compartilhado, bem como as oportunidades de cooperação que se abrem com a atual visita de Marrero.
O lado chinês garantiu que está pronto para aprofundar os laços com a ilha na nova era e expandir a colaboração multissetorial.
Em nome do Partido Comunista de Cuba, do governo e do povo, Marrero agradeceu à Cidca e à China pelo apoio à nação caribenha, ao mesmo tempo que expressou a vontade de expandir ainda mais os laços bilaterais.
Ambos assinaram um documento que dá continuidade aos assinados em Xangai durante as conversações oficiais com o primeiro-ministro, Li Qiang, e que permitirá relançar relações nos terrenos econômico, comercial, financeiro, de cooperação e técnico-científico.
Antes da reunião, Marrero visitou o Museu do Partido Comunista da China onde conheceu detalhes históricos da principal força política do gigante asiático.
“O povo chinês demonstrou a sua dedicação e o poder de unidade em torno do Partido. Nos tempos complexos que vivemos, o exemplo da China é uma alternativa para os países em desenvolvimento que aspiram à paz e a um mundo melhor, por isso Cuba estará sempre ao lado da China”, expressou Marrero.
No âmbito da sua agenda, que se prolongará até 9 de novembro, o primeiro-ministro manterá conversações com as principais autoridades do país e prestará homenagem aos mártires da China na Praça Tiananmen.
No dia 2 de novembro, o líder cubano iniciou uma visita oficial ao gigante asiático na cidade de Xangai, onde participou da inauguração da VI Exposição Internacional de Importação da China (CIIE).
Durante as suas observações na abertura do evento, defendeu uma cooperação internacional justa, inclusiva, multilateral e mutuamente benéfica, contra o unilateralismo e o protecionismo.
Salientou que há mais de 60 anos a ilha está sujeita a um bloqueio comercial, económico e financeiro sem precedentes por parte dos Estados Unidos e intensificado de forma oportunista mesmo durante a pandemia de covid-19.
Da mesma forma, sublinhou que a nação antilhana continuará a promover o seu próprio caminho para o desenvolvimento econômico e destacou o importante consenso alcançado pelos principais líderes da ilha e do gigante asiático a este respeito.
Em Xangai, conversou também com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, com quem concordou sobre os excelentes laços de amizade que unem as duas nações e assinou um acordo em áreas como biotecnologia, transportes, agro-alimentar e televisão digital.
Além disso, manteve reunião com Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, uma das principais instituições financeiras do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Ele também viajou para a província de Zhejiang, no sul, e se reuniu com os principais líderes do governo local e do Partido Comunista da China, trocou ideias com empresários e visitou locais de interesse.
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