Pedro Serrano defende o fim da concessão da Enel

O renomado jurista Pedro Serrano, conhecido por suas contribuições no campo do direito constitucional, recentemente defendeu a revogação da concessão da Enel.

Esta empresa mista italiana, que desde a privatização do setor elétrico paulista em 2019 cortou 36% de seus funcionários, deixou milhões de pessoas em São Paulo sem energia por mais de 48 horas.

Serrano expressou sua preocupação com a impossibilidade de garantir a continuidade dos serviços durante momentos de adversidade, devido ao significativo corte no quadro de funcionários.

Em sua publicação, ele enfatizou a seriedade da falha cometida pela Enel e argumentou que a empresa deveria perder sua concessão sem direito a indenização.

No dia 3 de novembro, São Paulo foi afetada por um vendaval que deixou mais de 2 milhões de clientes da Enel Distribuição São Paulo sem energia elétrica.

Isso levantou questões sobre a capacidade da empresa de lidar com emergências, considerando a redução considerável de funcionários desde a privatização da antiga Eletropaulo em 2018, adquirida pela empresa italiana Enel.

Em uma entrevista ao jornal Valor, o diretor de operações da Enel São Paulo, Vincenzo Ruotolo, afirmou que a diminuição do número de funcionários não afetou a qualidade dos serviços prestados.

No entanto, muitos questionaram a capacidade de resposta da empresa, dada a redução significativa de pessoal desde 2019, levantando preocupações sobre a gestão de incidentes como o recente apagão.

Ruotolo explicou que a estratégia da Enel São Paulo envolveu a otimização de recursos, com investimentos prioritários em digitalização e automação, como a implementação de medidores inteligentes (Smart Meters), representando a direção futura da gestão de energia. Isso permitiu que a empresa direcionasse seus recursos de forma mais eficiente, terceirizando atividades menos estratégicas, como a leitura de medidores.

O diretor destacou que os investimentos em tecnologias de telegestão e digitalização fortaleceram a resiliência da rede de distribuição.

Apesar das críticas, Ruotolo ressaltou que a capacidade operacional da empresa em campo não foi comprometida e que houve até um aumento de 3% no número de colaboradores em campo, entre funcionários próprios e terceirizados. No entanto, vários dias após o vendaval, muitas residências em São Paulo continuam sem energia.

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