O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), expressou insatisfação com o contrato de privatização da Enel ao abordar o apagão contínuo que afeta partes da cidade após uma tempestade ocorrida na última sexta-feira, 3.
Em uma entrevista ao UOL News nesta manhã de segunda-feira, 6, o prefeito enfatizou a necessidade de ajustar o contrato para lidar com as mudanças climáticas.
“O contrato foi mal elaborado. Está sob a jurisdição do governo federal, que o supervisiona. Houve erros lá. É necessário reajustar o contrato para lidar com as mudanças climáticas. É inaceitável que a Enel, com todos esses problemas, tenha uma quantidade limitada de equipes para lidar com o tamanho de nosso problema”, disse Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo.
De acordo com informações da Enel, cerca de 500 mil residências ainda estão sem energia elétrica na cidade de São Paulo nesta segunda-feira. A empresa adquiriu a Eletropaulo em 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB).
Em relação à escassez de equipes, desde 2019, a Enel demitiu quase 36% de seus funcionários, de acordo com a CNN Brasil. Enquanto a Eletropaulo tinha em média um trabalhador para cada 307 consumidores, a empresa privatizada aumentou a demanda para 511 consumidores por funcionário.
Uma reunião está agendada para esta tarde, com a presença de Nunes, do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), do diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) Sandoval Feitosa e representantes das empresas distribuidoras de energia para discutir a situação de emergência.
Nunes destacou que o objetivo da reunião é elaborar um “plano de contingência” e ressaltou a escassez de equipes da Enel para restabelecer o fornecimento de energia elétrica. O prefeito também apresentou suas sugestões para a revisão do contrato com a empresa.
“Tenho três pontos e o principal é um plano de contingência. Com as mudanças climáticas, infelizmente, é altamente provável que o ocorrido na sexta-feira se repita. Também deve haver um plano para enterrar os fios. E o terceiro é o aumento no número de equipes. Ainda estamos lidando com 125 árvores caídas e não há equipe para desligar a energia”, acrescentou o prefeito.
Além disso, Nunes declarou em uma entrevista ao SBT que recorrerá à Justiça caso o fornecimento de energia não seja completamente restabelecido até amanhã. Segundo ele, a Enel inicialmente se mostrou hesitante em estabelecer um prazo para resolver a situação, mas se comprometeu a respeitar o acordo firmado com ele.
Paulo
07/11/2023 - 01h04
Privatização é isso. Que sirva de aviso a Tarcísio, o “moleque bolsonarista” querendo cumprir agendas privatistas…Entregar a energia de SP a italianos? A única coisa que os italianos fazem bem feito é o vinho…Irresponsabilidade…
enganado
06/11/2023 - 22h24
Esse prefeitinho diz que não está satisfeito com a __enel__ é só da boca para fora, ou seja, não quer perder votos dos EVANJEGUES e do Povim em geral. No fundo, enqto estiver entrando o$ rachuncha$$$ , que se danem que não têm energia.