Kajuru sobre PEC que afasta militares da política: “eu não quero briga de forma alguma”

Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa. Em pronunciamento, à tribuna, senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Jorge Kajuru (PSB), relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que proíbe militares da ativa de concorrer a cargos eletivos, negou em entrevista à coluna que vá incluir também a proibição de membros das Forças Armadas no primeiro escalão do governo.

Segundo o senador, antes que a alteração seja incluída no texto, ele deve conversar ainda essa semana com os senadores Jaques Wagner (PT), Randolfe Rodrigues (SEM PARTIDO) e Otto Alencar (PSD) para saber se eles concordam com a inclusão do trecho na PEC (que segundo ele, não apoiam a medida).

Kajuru também afirmou se manter firme em seu objetivo de tornar o texto da PEC válido para as eleições de 2024 e disse: “então isso aí [a validade para 2024] eu não abro mão e o governo concordou comigo e aceita”.

O senador afirma que o governo não impôs nenhuma condição ou exigência e que está em total liberdade para trabalhar o texto. No entanto, ele reforça que, antes de modificar o texto, falará com os três senadores sobre a inclusão do trecho, que, segundo Kajuru, os três senadores (Wagner, Randolfe e Otto) não concordam.

“Se os 3 disserem para mim que é melhor não fazer isso, eu vou atender os 3. Primeiro, porque são meus amigos pessoais. Segundo, que eu não quero briga de forma alguma. Se eles acharem que os militares podem ser ministros, não precisam ir para reserva e que secretários-executivos de ministérios podem também trabalhar sem ter que ir para a reserva. Eu vou concordar, não tem nenhuma dificuldade”, disse o senador.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
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