Enquanto o genocídio sionista segue em Gaza, em todo o planeta grandes protestos são vistos na jornada internacional em apoio a Gaza. Na Argentina, milhares de pessoas se reuniram diante do Congresso Nacional
Bruno Falci, de Buenos Aires, para O Cafezinho
Membros de organizações sociais, sindicatos e defensores dos direitos humanos da Argentina se reuniram nesta sexta feira, 04|11, na Praça do Congresso, em Buenos Aires, para exigir o fim da agressão israelense ao povo palestino e denunciar “o criminoso bombardeio da Faixa de Gaza”. Também estiveram presentes membros da Assembleia Permanente para os Direitos Humanos, do Comité de Solidariedade com o Povo Palestino e do Encontro Memória, Verdade e Justiça e diversos outros, Entre os que convocaram a manifestação estavam o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, a dirigente da organização Madres de la Plaza de Mayo, Nora Cortiñas, e a representante da Federação das Entidades Árabes, Támara Lalli.
No ato, foi lido um documento que contou com a aprovação de diversas instituições como o Serviço de Paz e Justiça, a Federação das Entidades Palestinas Argentinas e o Observatório dos Direitos Humanos Árabes “El Ojo Moro”, que conclamaram as autoridades governamentais, os poderes legislativo e judiciário, os meios de comunicação de massa e as organizações sociais “para refletir sobre os acontecimentos ocorridos em 7 de outubro na Faixa de Gaza e a origem da ocupação israelense e suas consequências hoje”.
O texto, lido por Adolfo Pérez Esquivel e Támara Lalli, lembra que a Argentina “soube fazer justiça contra os responsáveis da ditadura, civil-militar” e que 40 anos de “lutas e reconhecimentos internacionais em nível de direitos humanos, que nos endossam como uma voz autorizada para dizer basta já.”
O documento denuncia os bombardeios indiscriminados de Israel na Faixa de Gaza, que causaram mais de nove mil mortes, incluindo muitas crianças. A mensagem esclarece ainda que a forma mais cruel de intimidar um povo, com o objetivo de conquistar a maior quantidade de território possível, é deixar o menor número de habitantes originários. “Tudo isso ocorre com a cumplicidade de uma comunidade internacional que criou o problema, mas é incapaz de resolvê-lo devido à subordinação incondicional às políticas do imperialismo”.