Durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, expressou apoio à postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se opôs à meta de déficit fiscal zero para o ano de 2024. Ele se uniu a outros membros do governo ao defender uma abordagem mais flexível em relação à meta estipulada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O cerne da discussão gira em torno do equilíbrio entre a necessidade de manter as contas públicas em ordem e a importância de impulsionar investimentos para estimular o crescimento econômico. O ministro reconheceu os benefícios de um país com finanças equilibradas, incluindo a redução do risco e das taxas de juros. No entanto, ele enfatizou a importância de continuar combinando investimentos públicos com o setor privado para impulsionar a economia.
Dias ressaltou que o presidente Lula compreende a importância de promover o crescimento econômico, que, por sua vez, gera receita e contribui para o equilíbrio das contas públicas. Ele salientou o efeito multiplicador de programas sociais, como habitação, na economia, além dos investimentos em setores como saúde e saneamento, que ajudam a reduzir as despesas governamentais.
Enquanto a preocupação com a necessidade de equilibrar as contas públicas é crucial, o ministro enfatizou que o presidente Lula não pretende sacrificar os investimentos que estimulam o crescimento econômico. Ele reforçou a importância de continuar com a estratégia de combinar investimento público e privado para criar um ambiente propício ao desenvolvimento.
Com relação ao Bolsa Família, Dias prometeu uma redução significativa na fila de candidatos até o final do ano, chegando a um patamar histórico de cerca de 300 mil famílias. No entanto, ele alertou que o benefício não seria reajustado no próximo ano devido à queda nos preços dos alimentos observada ao longo do ano.
O ministro também enfatizou o compromisso do governo em combater a fome e a pobreza, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ele reiterou o compromisso de tirar o Brasil do mapa da fome até 2026, reconhecendo o progresso significativo alcançado até o momento, com um grande número de famílias do Bolsa Família saindo da condição de pobreza.
Por fim, Wellington Dias reforçou a importância de considerar as necessidades das classes mais vulneráveis e da classe média ao discutir políticas sociais, como a possível redução de impostos sobre a cesta básica. Ele argumentou que é fundamental garantir que os preços dos alimentos permaneçam acessíveis, especialmente para as camadas mais necessitadas da população.
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