Segundo o jornal Haaretz, os registos criminais dos requerentes podem ser ‘ignorados’ dependendo da natureza do crime
Publicado em 2/11/2023
The Cradle — O exército israelita está recrutando colonos que não cumpriram o serviço militar, a fim de os destacar como “milicianos de defesa” nos colonatos onde residem, informou o jornal hebraico Haaretz em 2 de novembro.
“Os recrutas deverão passar por um treinamento básico acelerado durante três semanas, após as quais estarão armados e estacionados nos assentamentos”, diz o relatório.
Os colonos com idades entre 27 e 50 anos que não completaram o serviço militar poderão se inscrever no programa.
“Os candidatos foram convidados a preencher um formulário para indicar, entre outras coisas, a sua filiação religiosa, como ultraortodoxa, nacional-religiosa, nacional ultraortodoxa, religiosa ou outra.”
Os assentamentos em questão são os assentamentos ultraortodoxos do West Bk de Ibei Hanachal, Ma’ale Amos, Emmanuel, Beitar Ilit, Modi’in Ilit e Tel Zion.
Os assentados que se inscreverem no programa serão examinados de acordo com “vários critérios”. O treinamento está previsto para começar em duas semanas.
De acordo com o que um representante do exército disse a várias pessoas que perguntavam sobre o programa, os colonos com antecedentes criminais poderiam ingressar no serviço militar dependendo da “natureza” do seu crime.
Outro colono foi informado de que o exército iria “ignorar” os registos criminais, dependendo se o colono candidato levava ou não a sério o trabalho.
O Haaretz afirma que desde o início da guerra Gaza-Israel, em 7 de outubro, o exército israelita distribuiu cerca de 8.000 armas a “esquadrões de defesa das colônias”.
“Vamos virar o mundo de cabeça para baixo para que as cidades sejam protegidas. Dei instruções para armar massivamente as equipas de segurança civil para fornecer soluções para vilas e cidades”, disse o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, em 10 de outubro.
O diário hebreu também afirma que cerca de 1.500 colonos ultraortodoxos apresentaram pedidos para se juntarem às fileiras de reserva do exército.
O plano de Israel para militarizar as colônias surge num momento em que os colonos da Cisjordânia intensificaram os ataques violentos e as ameaças contra os palestinos.
Um relatório da ONU divulgado em 1 de novembro diz que centenas de palestinos foram deslocados à força das suas casas na Cisjordânia ocupada.
Há poucos dias, 141 palestinos da cidade de Khirbat Zanuta, no sul da Cisjordânia, fugiram de suas casas depois que colonos armados ameaçaram matá-los caso se recusassem a sair.
Saulo
02/11/2023 - 20h45
Mais do que normal para que não aconteça novamente o que a gente viu no começo de outubro.
A Palestina é um criadouro de terroristas por tanto deve sumir do mapa do mundo o resto é se coniventes com o terrorismo.