O ministro da fazenda, Fernando Haddad (PT), fez os ajustes finais na Reforma Tributária ao lado do senador Eduardo Braga (MDB) nesta quinta-feira (2).
E conforme afirmado pelo próprio ministro e fontes ouvidas pela coluna, agora entrará um trabalho para reduzir as distorções que devem ser feitas no Congresso Nacional enquanto o governo deve defender o texto atual até as últimas consequências ou enquanto acreditar que conseguirá aprovar o texto atual.
Há um temor de que as mudanças minimizem o impacto da reforma e até prejudiquem ainda mais a arrecadação do governo.
Acontece que enquanto o mercado financeiro se escandaliza com o presidente Lula e sua fala sobre a meta fiscal, há que deliberadamente decida ignorar um ponto importante: Lula está apenas sendo realista.
O Congresso Nacional é hostil aos interesses nacionais e da sociedade e ao mesmo tempo que atua para diminuir a arrecadação do governo, também trabalha para aumentar ainda mais os gastos.
Também vale apontar que enquanto parte do jornalismo econômico insiste em chamar os investimentos do governo de “gasto” o descalabro das emendas parlamentares não recsbem o mesmo selo.
Ha uma diferença gritante entre os dois: o governo faz investimentos com base em estudos estruturados e políticas públicas desenvolvidas por técnicos e especialistas das pastas já o Congresso apenas distribui o dinheiro pelo país sem qualquer critério e em muitos casos, aprofundando desigualdades.
Por isso o membros reconhecem que Lula não está de todo errado e que sem poder atacar diretamente o Congresso – que ele depende para que sejam aprovadas as medidas econômicas – restou jogar para o algo um fato que muitos escolheram ignorar em Brasília.
Além disso, o governo está determinado em fazer a economia engrenar e aumentar o poder de compra dos brasileiros, por isso, dificilmente veremos algum embate entre governo e parlamento e será assim até lá.
Apenas com uma economia pujante o Planalto teria algum crédito para se impor, mesmo que não de maneira frontal, já que este não é o estilo de Lula. Porém, deixaria o executivo menos exposto aos desmandos de políticos como David Alcolumbre (PSD), Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD).
Até lá, depende apenas do Congresso, não somente a qualidade da Reforma Tributária a ser aprovada como também o cumprimento da meta fiscal.