Folha revelou neste sábado (21) que “a secretária da Cultura do Estado de São Paulo, Marilia Marton, tentou intimidar os conselheiros da Fundação Padre Anchieta, que mantém a TV Cultura, em reunião no último mês de junho. As informações constam da ata do encontro, registrada em cartório e divulgada pelo órgão em seu site”.
Segundo o jornal, a serviçal do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ficou irritada com uma notinha publicada pelo Painel da Folha, “revelando a tentativa dela de indicar para o órgão o cineasta conservador Josias Teófilo, autor de filme sobre o escritor Olavo de Carvalho, que tinha despertado forte reação entre conselheiros”.
Em tom ameaçador, bem típico do bolsonarista-forasteiro que governa São Paulo, Marilia Marton garantiu na reunião que “pedi que a Secretaria de Governo de Comunicação tentasse descobrir quem vazou a notícia… Eu vou descobrir quem vazou e quero saber se o conselho, se eu descobrir quem vazou, tomará as providências, porque a reunião é fechada, a reunião não é vazada e a pessoa que vazou, vazou para me constranger”.
“Pós-doutorada em pedagogia do constrangimento”
Metida a valentona, outra característica dos covardes bolsonaristas, ela ainda esbravejou que é “pós-doutorada em pedagogia do constrangimento” e acrescentou que era necessário combinar a melhoria na relação entre Secretaria de Cultura e Fundação Padre Anchieta “com quem quer pôr fogo no parquinho”. Ela ainda criticou a “falta de diversidade” do conselho por reagir à indicação do cineasta olavete.
De acordo com a reportagem, “a fala gerou reações imediatas e constrangimento na reunião. Presidente do órgão, Fabio Magalhães disse que o conselho curador da Fundação Padre Anchieta é um dos mais diversos que existem. Em sua fala, ele exaltou a composição múltipla do conselho, que conta com representantes de instituições universitárias, científicas, empresariais, entre outras”.
As ameaças da serviçal de Tarcísio de Freitas visam intimidar a TV Cultura, moldando ainda mais seu conteúdo jornalístico e sua programação. Vale lembrar que após desistir da indicação do olavete Josias Teófilo, Marilia Marton propôs o nome de Aldo Valentim, que foi secretário nacional da Diversidade Cultural do “capetão” Jair Bolsonaro (PL). “A escolha foi aprovada pelo conselho, mas a secretária se queixou do fato de ele ter sido o menos votado”. A “pós-doutorada” em constrangimentos e ameaças é uma bolsonarista hidrófoba!