Os ministros Flávio Dino, Rui Costa e José Múcio Monteiro têm programada uma reunião nesta segunda-feira (30) com o propósito de abordar a estratégia do governo no enfrentamento do crime organizado no estado do Rio de Janeiro. Com informações do g1.
Espera-se que, na reunião agendada para esta hoje, seja estabelecido um conjunto de ações para reforçar a segurança pública no estado.
O governo tem observado que a criminalidade ultrapassou as fronteiras estaduais e se tornou uma questão de âmbito nacional. Além do Rio de Janeiro, o governo entende que é necessário adotar abordagens de inteligência que promovam a cooperação entre os estados para enfrentar as organizações criminosas.
Esta será a segunda vez que os ministros se reúnem para abordar a crise na segurança pública do estado, desde os incidentes em que 35 ônibus e um trem foram incendiados na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Esses ataques foram uma resposta à morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, também conhecido como Faustão.
Após a primeira reunião com os ministros e os comandantes das Forças Armadas, Flávio Dino declarou que um estudo sobre a utilização de militares das Forças Armadas em fronteiras, portos e aeroportos na Região Sudeste seria apresentado a Lula durante a semana.
No começo, havia a previsão de que o presidente Lula participasse da reunião. No entanto, o Palácio do Planalto não confirmou a presença de mandatário na programação.
Dino indicou que o conjunto de medidas a ser apresentado ao presidente incluirá também estratégias tecnológicas, além do reforço na presença das instituições policiais federais e das Forças Armadas.
Apesar das discussões sobre o aumento das tropas militares no Rio de Janeiro, tanto Dino quanto o próprio Lula já rejeitaram a possibilidade de uma intervenção federal no estado ou de recorrer às Forças Armadas por meio de decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
As operações de GLO são executadas por ordem do presidente da República. Conforme estabelecido pela Constituição, elas ocorrem em situações em que as forças de segurança pública locais se encontram sobrecarregadas ou esgotadas. Durante a vigência da GLO, as Forças Armadas podem agir com poder de polícia.
Após os ataques aos ônibus, Lula tem enfatizado que o governo federal colaborará em cooperação com o governo do estado do Rio de Janeiro, sem recorrer a ações exibicionistas ou espetaculares.