O governo do Brasil expressou nesta quarta-feira (25) seu apoio ao secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, diante das críticas que ele tem enfrentado por parte do governo de Israel.
Nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou:
“Pouco antes da abertura da sessão de hoje do Conselho de Segurança da ONU, o ministro Mauro Vieira expressou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, o reconhecimento do governo brasileiro pelo trabalho liderado por ele ao longo da atual crise em Israel e Gaza.”
Na terça-feira, Israel solicitou a renúncia do secretário-geral da ONU, alegando que ele teria desrespeitado as vítimas do grupo Hamas. Além disso, Tel Aviv anunciou que não concederá vistos a funcionários da ONU e classificou os comentários do secretário-geral como “imorais”.
A reação de Israel provocou respostas de uma série de países. Governos europeus e de várias partes do mundo emitiram declarações de apoio ao secretário-geral da ONU.
O próprio Guterres escolheu fazer uma declaração na quarta-feira, em resposta à repercussão do caso na opinião pública de Israel. “Estou chocado com as interpretações erradas feitas sobre minha declaração ao Conselho de Segurança, como se eu estivesse justificando os atos de terror do Hamas”, disse.
No discurso, o secretário assegurou que “isso é falso. Foi exatamente o contrário”. Ele lembrou que condenou “inequivocamente os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro do Hamas em Israel”.
“Nada pode justificar a morte deliberada, os ferimentos e o rapto de civis – ou o lançamento de mísseis contra alvos civi”, disse.
“Na verdade, falei das queixas do povo palestiniano e, ao fazê-lo, também afirmei claramente, e passo a citar: as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas”, esclareceu.
“Penso que era necessário esclarecer as coisas, nomeadamente por respeito às vítimas e às suas famílias”, completou.
Zulu
25/10/2023 - 13h12
Hamas (os Palestinos) adoram o Zé Ruela da ONU.