Na terça-feira, 24 de outubro, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), assegurou que mais membros da Força Nacional serão enviados ao Rio de Janeiro.
Em um tweet, o ministro anunciou que também planeja despachar funcionários federais para colaborar com as autoridades estaduais na intervenção na cidade do Rio de Janeiro.
A mensagem foi postada no final da noite de segunda-feira, 22 de outubro, que foi marcada por uma série de ataques ao sistema de transporte público do Rio. Pelo menos 35 ônibus foram incendiados, juntamente com um trem. Esses atos criminosos são uma reação à morte de Matheus da Silva Rezende, de 24 anos, também conhecido como Faustão, que era um dos líderes da maior milícia da cidade.
“Amanhã estarão no Rio o Secretário Executivo Ricardo Cappelli; o Secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar; e o Comandante da Força Nacional, coronel Alencar. Irão reunir com as nossas Superintendências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Também com as equipes dos governos estadual e municipal.”
“Estamos mantendo e ampliando operações diárias no Rio, no que se refere à competência federal, com realização de prisões, investigações, patrulhamento e apreensões. Vamos aumentar mais ainda as equipes federais, em apoio ao Estado e ao Município”, complementa.
A resposta em nível nacional ocorreu apenas algumas horas após a série de ataques, seguindo um apelo do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que solicitou apoio das esferas federal e estadual para reforçar a segurança na cidade.
“Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam”, disse o prefeito em rede social.
“Em um sistema federativo, temos que respeitar os demais entes da Federação e buscar ações convergentes, o máximo quanto possível. Foi assim que agimos em outros estados que atravessaram crises de Segurança neste ano de 2023. Teremos novas decisões nos próximos dias, sob orientação do Presidente Lula“, concluiu Dino.
Celebrações
Vídeos que estão circulando nas redes sociais mostram uma exibição de fogos de artifício organizada pela milícia Tauã, que é liderada por Tauã Oliveira Francisco, conhecido como Tubarão. Essa ação parece simbolizar uma celebração em decorrência da morte de Faustão, que era considerado um dos principais rivais da milícia de Tauã.
De acordo com informações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Tubarão fazia parte da mesma milícia que Faustão, conhecida como o “Bonde do Zinho.”
Entretanto, em janeiro deste ano, Tauã conseguiu tomar controle de parte do território que antes pertencia ao grupo anterior, fazendo uma expansão em Nova Iguaçu.