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As rachaduras no império da Globo

Durante décadas, o Grupo Globo influenciou ferozmente o rumo político e ecônomico do país. Nos últimos dez anos, por exemplo, a emissora da família Marinho teve papel central nas eleições de 2014, foi a porta-voz oficial dos desmandos da Lava Jato e foi crucial no caldo de cultura e do processo político que culminou na […]

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Durante décadas, o Grupo Globo influenciou ferozmente o rumo político e ecônomico do país. Nos últimos dez anos, por exemplo, a emissora da família Marinho teve papel central nas eleições de 2014, foi a porta-voz oficial dos desmandos da Lava Jato e foi crucial no caldo de cultura e do processo político que culminou na derrubada da presidente Dilma Rousseff, do PT, em 2016, e na prisão de Lula dois anos depois.

Em 2018, a emissora deixou passar ileso o então candidato Jair Bolsonaro, do PSL, que em rede nacional entregou nas mãos do apresentador do JN, William Bonner, o famigerado “kit gay”, considerada a maior fake news daquele disputa. Ao que tudo indica, naquele ano a emissora permitiu o vale tudo para tentar descredibilizar o Partido dos Trabalhadores.

Já durante o governo de extrema-direita, o grupo Globo blindou o então ministro da Economia, Paulo Guedes, que abertamente fazia negociatas as custas do patrimônio público, inclusive durante a pandemia. Ao tomarmos conhecimento, por exemplo, que o BTG Pactual (banco ligado a Guedes) comprou uma carteira de ativos avaliada em R$3 bi do Banco Brasil por apenas R$300 milhões, em 2021, não vimos sequer uma notinha no JN ou no canto de página do Jornal O Globo.

Pois bem, estamos em 2023 e as rachaduras nesse império midiático começam a aparecer. Isso porque durante o Upfront Globo 2024, o grupo admitiu que nos últimos seis anos vem sofrendo uma queda brusca na audiência.

A empresa alega que o seu alcance, que inclui a TV aberta, Globoplay, canais pagos e portais como G1, O Globo, Extra e Valor, caiu de 100 milhões para 76 milhões de espectadores diários, representando uma queda de 24%. O dado foi apresentado pela diretora de Negócios Integrados em Publicidade da Globo, Manzar Feres.

O Grupo Globo também admite que essa brusca redução no número de telespectadores e usuários é fruto da concorrência com plataformas de streaming, canais no Youtube, redes sociais, portais independentes e de nicho. O fenômeno é intensificado pelo aumento nas TVs conectadas à internet, que agora estão presentes em aproximadamente 60% dos lares nacionais.

Quando se afunila os dados para a TV aberta, a queda de espectadores é ainda mais brutal, atingindo 70 milhões. Vale lembrar que o alcance é medido como o total de pessoas que sintonizam a programação durante pelo menos um minuto durante a medição. Por fim, a própria Globo mostra que 84% dos jovens que consumiam novelas da emissora na TV aberta migraram para serviços de streaming, revolucionando o consumo de produtos audiovisuais.

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Gabriel Barbosa

Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb

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Comentários

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Paulo

24/10/2023 - 18h45

A Globo é vítima da própria lacração….”Kit gay” à parte, a apologia ao homossexualismo é diária na tela da emissora, desde os telejornais até as novelas (estas são um deprimente espetáculo), passando pelo esporte…Fora as constantes inserções de vieses racialistas e misândricos…


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