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Só faltou um AI-5

De minuta para prisão de opositores e suspensão das eleições, até as hordas de militares na administração pública, o novo escândalo envolvendo o uso da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para monitorar opositores do governo Bolsonaro é mais um episódio dos crimes da gestão passada e que estão sendo apurados. A investigação da Polícia Federal […]

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De minuta para prisão de opositores e suspensão das eleições, até as hordas de militares na administração pública, o novo escândalo envolvendo o uso da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para monitorar opositores do governo Bolsonaro é mais um episódio dos crimes da gestão passada e que estão sendo apurados.

A investigação da Polícia Federal para apurar a possível utilização irregular do sistema, chamado First Mile, de geolocalização de dispositivos móveis em tempo real pela Abin mostra que se odos os planos do ex-presidente e seus apoiadores no governo tivessem dado certo, faltaria apenas um AI-5 para a democracia ser solapada de vez no Brasil.

Segundo a PF, o sistema teria sido usado para rastrear celulares de pessoas sem autorização judicial, incluindo políticos, jornalistas e empresários. Os crimes teriam sido praticados sob o governo Jair Bolsonaro. À época, o órgão era comandado por Alexandre Ramagem.

Em resposta às denúncias, a Abin afirmou que o sistema First Mile foi utilizado de forma legal e que não houve nenhuma violação de privacidade. O órgão também disse que os dados coletados foram usados para fins de segurança nacional. Acontece que até o momento a ABIN não explicou qual era o plano de operações para que mais de 30 mil pessoas fossem monitoradas deliberadamente.

E se não bastasse isso, ainda temos a informação de que não só o exército brasileiro tem a mesma ferramenta usada de forma irregular pela ABIN, como se nega a dar esclarecimentos sobre as justificativas para a sua compra e uso.

Porém, o mais interessante nessa história toda é a forma como a compra que se deu durante a Intervenção Federal na segurança do Rio de Janeiro, sendo realizada diretamente pelo Gabinete da Intervenção Federal (GIF) que esteve sob comando de ninguém menos que o general Walter Braga Netto. E mais um dado importante: o programa nunca foi usado para combater o crime, se não, se não foi usado para o que? E com isso, mais um escândalo chega nos militares, que até hoje possuem o tal sistema.

Quando veremos as prisões destes indivíduos envolvidos em sucessivos crimes?

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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