Na tarde desta segunda-feira (23), o jornalista Reynaldo Turollo Jr. revelou no blog da Andreia Sadi que a deputada Carla Zambelli (PL) pediu para o hacker Walter Delgatti descobrir o endereço do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A deputada enviou duas mensagens de áudio ao hacker no ano passado, pedindo a ele para localizar o endereço do ministro e teria recebido como resposta: “Quebrei o sigilo do Xandão”.
Zambelli também é uma das mais de 50 pessoas indiciadas no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o 8 de janeiro (clique aqui para ver a lista completa).
Segundo o relatório, a deputada “deve ser responsabilizada pelos crimes descritos nos arts. 288, caput (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (Golpe de Estado) do Código Penal, por aderir subjetivamente às condutas criminosas de Jair Messias Bolsonaro e demais indivíduos em seu entorno, colaborando decisivamente para o desfecho dos atos do dia 8 de janeiro de 2023”.
A coluna conversou com o deputado Rogério Correia (PT), um dos membros do colegiado, que falou com exclusividade para a coluna:
“Não adianta fugir ou se esconder: o relatório da CPMI tem base contundente para indiciar todos os que foram elencados no relatório aprovado por ampla maioria na Comissão. O mesmo acontece com Zambelli, deputada da cozinha bolsonarista e com dedo no processo golpista que contaminou instituições e acometeu o nosso país. Os áudios revelados hoje comprovam, uma vez mais, nossas conclusões e expõem o risco que passamos com a ação criminosa de Bolsonaro e seu entorno. Quem trabalha por um golpe contra a democracia não merece ter um mandato. Esperamos que a parlamentar seja cassada e tenha sua devida punição.”