Mauro Cid confessa que Bolsonaro mandou falsificar os cartões de vacina

Segundo informações do jornalista Aguirre Talento, do UOL, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, confessou em seu acordo de delação premiada a Polícia Federal que Jair Bolsonaro ordenou a produção de certificados falsos de vacinação contra a Covid-19.

O ex-braço direito de Bolsonaro admitiu sua participação na fraude de certificados de vacina inseridos no sistema do Ministério de Saúde, vinculando diretamente Bolsonaro ao esquema.

No entanto, a versão fornecida por Bolsonaro à PF em maio contradiz a delação de Cid, já que o ex-presidente afirmou desconhecer qualquer instrução para manipulação de cartões de vacinação, tanto para ele quanto para seus familiares.

Em setembro, o Ministério Público Federal de São Paulo havia indicado a existência de “indícios suficientes de inserção criminosa de dados falsos” relacionados à vacinação de Bolsonaro nos sistemas de saúde pública.

Essas investigações resultaram em um mandado de busca e apreensão na residência de Bolsonaro em Brasília, em maio deste ano, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na ocasião, Mauro Cid e outros assistentes do ex-presidente foram detidos por tempo indeterminado.

A PF diz que as informações falsas foram inseridas no sistema em 21 de dezembro do ano anterior por João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo do município de Duque de Caxias (RJ).

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