Nesta segunda-feira, 23, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou que a próxima fase do conflito na Faixa de Gaza incluirá uma combinação de ataques aéreos, terrestres e marítimos. “Continuaremos a atacar. Será um ataque mortal combinado por ar, terra e mar”, declarou Gallant durante um discurso para as forças navais.
No último domingo, 22, a porção Norte da Faixa de Gaza, a área mais afetada pelo confronto entre Israel e Hamas, foi palco de mais uma tragédia. Um ataque aéreo israelense atingiu um campo de refugiados, resultando na morte de pelo menos 30 pessoas, de acordo com informações da rede de televisão Al Jazeera.
O bombardeio também deixou 27 pessoas feridas. Uma unidade de defesa civil, citada pela emissora, relatou que “trinta corpos, a maioria de mulheres e crianças, foram retirados dos escombros de edifícios bombardeados no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza”.
Além disso, outro ataque atingiu a população civil, resultando na morte de pelo menos 13 pessoas após explosões atingirem edifícios residenciais e uma mesquita em Gaza.
Os bombardeios têm afetado severamente a chegada de ajuda humanitária à região, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas. Segundo relatos da ONU, os estoques de alimentos, água e combustível devem se esgotar em três dias.
A situação na Faixa de Gaza é cada vez mais preocupante, com a iminência de uma operação terrestre de Israel. Mais de 360 mil reservistas foram convocados até o momento.
De acordo com autoridades israelenses e palestinas, o número de mortes devido ao conflito ultrapassou 6 mil, enquanto mais de 14 mil pessoas ficaram feridas somente em Gaza. Os hospitais da região estão enfrentando um colapso, conforme relatado pela ONU, que destaca uma escassez crítica de medicamentos e equipamentos médicos.