No estado do Rio de Janeiro, a situação de abandono e ausência do governo fica cada vez mais evidente. Nesta segunda-feira (23), pelo menos 35 ônibus foram incendiados na zona oeste da cidade, em resposta a uma operação policial que resultou na morte do sobrinho de um miliciano local. Esse foi o maior número de ônibus queimados em um único dia na cidade, mostrando o completo descontrole da segurança pública.
Veja o relato deste morador:
Além disso, um trem também foi alvo de ataques nas proximidades da estação Tancredo Neves, no bairro de Santa Cruz. Os criminosos abordaram a composição e obrigaram o maquinista a abrir a porta e descer do trem, ateando fogo à cabine. Por sorte, todos os passageiros conseguiram desembarcar em segurança. No entanto, as estações entre Benjamim do Monte e Santa Cruz precisaram ser fechadas.
O governador Cláudio Castro anunciou a prisão de apenas 12 pessoas envolvidas nos ataques, o que demonstra a ineficácia das autoridades em combater o crime organizado. A Polícia Civil informou que os ataques foram realizados por um grupo de milicianos em represália à morte de um vice-líder da quadrilha durante um confronto com policiais civis. Essa situação mostra que o poder paralelo das milícias está cada vez mais forte e impune.
Diante dos ataques, a Prefeitura do Rio suspendeu as aulas nas escolas municipais, afetando a rotina de parte da população. Enquanto isso, a Polícia Militar teve que intervir para impedir que criminosos incendiassem um caminhão de carga na Avenida Brasil. A cidade está em um estado de atenção, evidenciando o completo descontrole da segurança pública.
É importante ressaltar que esses ataques ocorrem em um momento em que a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal foram deslocadas para o Rio de Janeiro para auxiliar as forças locais devido ao aumento da criminalidade. No entanto, fica claro que essas medidas não estão sendo suficientes para conter a violência.
Os incêndios nos ônibus provocaram alterações na circulação dos coletivos na região mais populosa da cidade. As linhas do corredor Transoeste foram interrompidas por questões de segurança pública, prejudicando milhares de pessoas que dependem desse transporte. O sindicato das empresas de transporte coletivo repudiou os ataques e exigiu providências urgentes das autoridades públicas, mas até agora nada efetivo foi feito.
O estado do Rio de Janeiro clama por uma atuação mais enérgica e eficiente do governo. A população está cansada de viver refém da violência e do poder paralelo das milícias. É preciso investir em segurança pública, fortalecer as instituições e garantir a paz e a tranquilidade para todos os cidadãos. Chega de abandono, chega de impunidade. O Rio de Janeiro merece um governo presente e comprometido com o bem-estar da população.