A campanha do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tornou-se alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF), iniciada em junho, com o intuito de examinar um possível crime eleitoral relacionado a um evento de campanha em 2022.
O referido evento, que foi abruptamente interrompido por um atentado na comunidade de Paraisópolis, zona sul da capital paulista, está no centro da investigação.
De acordo com informações divulgadas pelo jornalista Gustavo Côrtes, do Estado de S. Paulo, a investigação busca determinar se a narrativa de um suposto atentado contra o então candidato Tarcísio foi fabricada pela equipe de campanha com a finalidade de aumentar sua popularidade entre os eleitores e obter vantagens políticas.
O incidente em questão remonta à campanha do ano passado quando o então candidato Tarcísio teve um comício interrompido devido a um tiroteio em Paraisópolis.
As alegações atuais se baseiam nas declarações de Marcos Vinícius Andrade, ex-cinegrafista da emissora Jovem Pan, que afirma ter sido pressionado por assessores de Tarcísio para apagar gravações que supostamente mostravam seguranças da equipe de campanha disparando contra um indivíduo que veio a falecer durante o tiroteio. Suspeita-se que essas ações tenham sido conduzidas com o propósito de simular um atentado com consequências eleitorais.
Na portaria que instaurou o inquérito, o delegado Eduardo Hiroshi Yamanaka ordenou a investigação de possíveis transgressões do Código Eleitoral, além de “outras que porventura forem constatadas no curso da investigação.”
Em resposta às acusações, a assessoria do governador declarou que o assunto já havia sido examinado pela Justiça Eleitoral, a qual concluiu que não houve interferência política eleitoral no incidente, e, portanto, não havia justificativa para a intervenção da Polícia Federal.
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