(Reuters) – Cerca de 100 mil pessoas se juntaram a uma manifestação pró-Palestina no centro de Londres neste sábado, marchando pela capital britânica para exigir um cessar-fogo imediato em Gaza após o ataque do Hamas a Israel há duas semanas.
Gritando “Palestina Livre”, segurando faixas e agitando bandeiras palestinas, os manifestantes percorreram Londres antes de se reunirem em Downing Street, a residência oficial e escritório do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak.
A polícia estimou que 100 mil pessoas participaram da manifestação “Marcha Nacional pela Palestina”, organizada pela Campanha de Solidariedade à Palestina.
“Como palestiniana que gostaria de regressar a casa um dia, como palestiniana que tem irmãos e irmãs em Gaza e família, gostaria que pudéssemos fazer mais, mas protestar é o que podemos fazer neste momento”, disse uma mulher, que se recusou a fornecer seu nome, disse à Reuters.
Muitos dos cantos e faixas continham fortes slogans anti-israelenses, e um manifestante segurava uma faixa com fotos de Sunak, do presidente dos EUA, Joe Biden, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com a mensagem “Procurados por crimes de guerra”.
A polícia tinha alertado antes da marcha que qualquer pessoa que demonstrasse apoio ao Hamas, banido como organização terrorista na Grã-Bretanha, seria presa e qualquer incidente de crime de ódio não seria tolerado.
O protesto foi em sua maioria pacífico e a polícia disse ter feito 10 prisões.
Os números divulgados na sexta-feira mostraram que houve um aumento de 1.353% nos crimes antissemitas este mês em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto os crimes islamofóbicos aumentaram 140%.
“Esta tem sido uma questão que há muito que estimula paixões e agora todos estamos a ver nas redes sociais e nas nossas comunidades o quão divisiva e polarizadora a situação actual se tornou”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, numa cimeira de paz no Cairo.