Funcionários da União Europeia (UE) em todo o mundo estão criticando a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por seu “apoio incondicional” a Israel. Em uma carta de três páginas enviada ao gabinete de von der Leyen, eles expressaram preocupação com a posição da Comissão Europeia em relação ao conflito entre Israel e Palestina. Acredita-se que cerca de 850 funcionários já tenham assinado a carta, incluindo alguns ocupantes de cargos de chefia.
Na carta, os funcionários condenaram os ataques terroristas do Hamas contra civis israelenses, assim como a reação desproporcional do governo israelense contra os civis palestinos na Faixa de Gaza. Eles expressaram surpresa com a posição da Comissão Europeia, que foi descrita como uma “cacofonia europeia” pela imprensa. Além disso, manifestaram preocupação com a aparente indiferença da instituição em relação ao massacre de civis em Gaza, em desrespeito aos direitos humanos e ao direito humanitário internacional.
A Comissão Europeia teve que voltar atrás em seu anúncio inicial de cortar toda a ajuda aos palestinos após críticas generalizadas de outras instituições da UE e divisões dentro do executivo da UE. Além disso, alguns responsáveis da UE e estados-membros criticaram von der Leyen por não ter declarado que a UE espera que Israel cumpra o direito humanitário internacional em sua resposta ao ataque.
Os funcionários da UE afirmaram que não reconhecem os valores europeus na posição da Comissão e pediram um cessar-fogo e a proteção da vida civil. Eles alertaram que a UE corre o risco de perder toda a credibilidade se continuar apoiando incondicionalmente Israel.
Essa carta reflete a insatisfação de uma parte dos funcionários da UE em relação à posição da Comissão Europeia em relação ao conflito entre Israel e Palestina. Essa divergência de opiniões dentro da instituição pode afetar a credibilidade da UE no cenário internacional, especialmente considerando o papel que a UE desempenha como mediadora nesse conflito. Resta saber como a Comissão Europeia irá lidar com essa crítica interna e se haverá alguma mudança na sua posição em relação a Israel.
Fontes: Geopol.pt e Areamilitarof