O líder do partido PL, Valdemar Costa Neto, expressou admiração por Michelle Bolsonaro, mas não confirmou sua participação em uma possível corrida eleitoral. Ele enfatizou, por exemplo, que Jair Bolsonaro (PL) não tem interesse em ver sua esposa concorrendo a um cargo de destaque nas eleições de 2026.
As declarações foram feitas durante uma entrevista ao portal Poder360.
As referências a Michelle surgiram quando questionaram Valdemar sobre os potenciais candidatos do PL na próxima eleição presidencial. Embora tenha apoiado a ideia de que Bolsonaro possa reverter sua inelegibilidade no Supremo Tribunal Federal (STF), devido a uma condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o líder do partido enfatizou que há “vários nomes qualificados no país” e acrescentou:
“A Michelle, o Bolsonaro não gostaria de vê-la em cargo executivo, mas ela tem sido uma surpresa para nós, é uma craque. Mas tem gente boa, temos Zema (Romeu Zema, governador de Minas Gerais), Caiado (Ronaldo Caiado, governador de Goiás), Tereza Cristina (senadora pelo MS e ex-ministra de Bolsonaro), Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo)“.
No que diz respeito às eleições municipais do próximo ano, Valdemar expressou confiança de que seu partido poderá conquistar a eleição de mais de mil prefeitos em todo o país. Ele sublinhou a influência de Bolsonaro como um importante apoiador e assegurou que seu colega de partido ainda tem a possibilidade de “ser presidente da República novamente”.
“Vamos recorrer ao Supremo. Aí você fala: “Recorrer ao Supremo é a mesma coisa que se desquitar da mulher e recorrer à sogra”, não vai acontecer nada, mas acontece que a situação está mudando, e eu vejo isso mudando no Senado. Isso pode mudar, podem querer mudar, por exemplo, essa condenação absurda de ficar inelegível.”
Na mesma entrevista, Valdemar também fez críticas ao pedido de indiciamento de Bolsonaro pela CPI do 8 de Janeiro. Ele descreveu a ação como “uma loucura”, “uma piada” e “uma bobagem”.
“O Poder Judiciário, quando receber essas denúncias, vai ter dificuldade, porque vai ver que não tem consistência. Vai para o arquivo, não tenho dúvida disso.”
Embora tenha apoiado Bolsonaro em diversas questões, Valdemar também fez críticas ao ex-presidente. Ele observou que Bolsonaro, em certos momentos, não é receptivo a opiniões. O líder do partido atribuiu a derrota nas eleições do ano passado ao comportamento do então chefe do Executivo durante a pandemia da Covid-19, o que, segundo ele, teria resultado na perda de “milhões de votos”.
“Ele fez tudo o que tinha que fazer, mas ficava criticando todos os dias a vacina. Lula não tinha os votos para ganhar a eleição, ganhou por causa do nosso erro”.
Em relação ao presidente petista, que está no comando do Planalto pela terceira vez, Valdemar declarou que o presidente possui inteligência e deseja realizar um governo eficaz, mas ele criticou o grande número de 38 ministérios, afirmando ser ” muita coisa” e custar “uma fortuna”.
“Eles querem acertar, mas Lula tem um grande problema no governo. Eles [PT] têm várias tendências e não têm um coordenador. Lá atrás você tinha, Zé Dirceu. Como ministro, nunca achei que foi bem, mas como dirigente partidário, dava show na gente, dava de 10 a 0“.
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