Menu

Posição do Brasil: Não ao ‘jogo’ de Biden no conflito Israel-Hamas

Sob a liderança do presidente Lula, a equipe brasileira que ocupou a presidência do Conselho de Segurança da ONU recusou a se envolver na estratégia do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e persistiu na votação da resolução que visava estabelecer uma trégua humanitária entre Israel e o Hamas. Com informações do g1. O texto […]

1 comentário
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
REUTERS/KEVIN LAMARQUE AND ALEX KOLOMOISKY/POOL

Sob a liderança do presidente Lula, a equipe brasileira que ocupou a presidência do Conselho de Segurança da ONU recusou a se envolver na estratégia do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e persistiu na votação da resolução que visava estabelecer uma trégua humanitária entre Israel e o Hamas. Com informações do g1.

O texto apresentado pelo Brasil obteve 12 votos a favor, excedendo a maioria necessária para ser aprovado, porém, foi bloqueado pelos Estados Unidos. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (China, Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia) possuem o direito de veto.

Biden preferiu adiar a votação da proposta enquanto estava em visita a Israel. Sua estratégia consistia em tentar negociar diretamente com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visando estabelecer um corredor humanitário, com o intuito de evitar medidas punitivas contra Israel e alcançar um cessar-fogo.

O Brasil se posicionou contra, aceitando apenas o adiamento de terça-feira (17) para quarta-feira (18), mas não aceitando mais do que isso. No desfecho, o veto dos Estados Unidos ao texto recebeu críticas praticamente unânimes por parte dos membros do Conselho de Segurança.

Nações como França e China não apenas expressaram críticas em relação aos Estados Unidos, mas também fizeram questão de elogiar a maneira como a equipe de diplomatas do Brasil conduziu as negociações. Esses dois países enfatizaram que o texto acordado representava o melhor resultado viável no momento.

Após a votação da resolução, o Planalto avaliou que as negociações demonstraram que o Brasil conquistou um papel de destaque e importância dentro da organização.

Além disso, tornou-se ainda mais evidente a necessidade de reformular o atual modelo do Conselho de Segurança da ONU, no qual somente um dos cinco membros permanentes possui o poder de veto sobre decisões que os outros 14 membros possam aprovar.

O Brasil está ciente de que, atualmente, as possibilidades de efetuar essa mudança são limitadas. No entanto, pelo menos, obteve argumentos adicionais para embasar discussões futuras. Durante um conflito significativo, modificar as regras de operação do Conselho de Segurança da ONU é praticamente impossível.

Em relação ao veto dos Estados Unidos, diplomatas brasileiros enfatizam críticas que estão sendo direcionadas ao governo norte-americano. No caso da guerra da Rússia na Ucrânia, o presidente Biden acusou Putin de cometer crimes de guerra. No entanto, no caso de Israel e do Hamas, ele não tem enfatizado os excessos israelenses e uma resposta desproporcional, que também tem prejudicado civis palestinos na Faixa de Gaza.

Apoie o Cafezinho

Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

Mais matérias deste colunista
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

bandoleiro

19/10/2023 - 12h26

A ONU ou um peito de gafanhoto sao equivalentes.


Leia mais

Recentes

Recentes