Um ataque aéreo de Israel contra um hospital em Gaza causou uma tragédia sem precedentes nesta terça-feira (17). Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, o número de vítimas fatais ultrapassa 500, muitas delas mulheres e crianças que estavam abrigadas no Hospital Árabe Al-Ahli, após serem feridas no contexto do contínuo bombardeio de Gaza por Israel. A Defesa Civil Palestina declarou que o ataque foi o mais mortífero em cinco guerras travadas desde 2008.
O porta-voz do órgão palestino Mahmoud Basal afirmou à Al Jazeera que o massacre no Hospital Al-Ahli Arab não tem precedentes na história da Palestina e que equivale a um genocídio. As primeiras imagens divulgadas nas redes sociais mostram a dimensão da tragédia, com muitas famílias devastadas pela perda de seus entes queridos.
O governo de Israel alegou que o ataque ao hospital teria sido causado pelos próprios palestinos, especificamente pelo grupo Jihad Islâmica, num ataque de foguetes à Israel que teria “falhado” e atingido o hospital. Porém, uma importante investigação da Al Jazeera não encontrou fundamentos para essa alegação do exército israelense. Essa investigação tem se mostrado até o momento a mais apurada.
Assista à conclusão da investigação:
A comunidade internacional reagiu com indignação ao ataque ao hospital em Gaza. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente o ataque e pediu uma investigação independente para apurar as responsabilidades. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também se manifestou, afirmando que o ataque é uma tragédia e que os Estados Unidos estão trabalhando com seus parceiros para ajudar a aliviar a crise humanitária em Gaza.
A situação em Gaza é cada vez mais dramática, com o número de mortos e feridos aumentando a cada dia. A comunidade internacional precisa agir rapidamente para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior e para garantir que os responsáveis por esses crimes sejam punidos.