A gestão de Tarcísio de Freitas optou por classificar como sigilosas as informações sobre à estadia do ex-presidente Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo de São Paulo, durante o período de 14 a 19 de setembro deste ano. Com informações do O GLOBO.
A decisão de manter o sigilo foi comunicada em resposta a um questionamento feito por Erika Hilton (PSOL-SP) no mês passado.
A parlamentar federal iniciou uma solicitação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) com o objetivo de obter detalhes sobre os gastos relacionados à estadia de Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes. A expectativa era obter informações sobre a posição oficial que o ex-presidente estava desempenhando no local, a razão da sua presença e também se houve reuniões com membros da equipe do governador.
Depois de estender o prazo de dez dias de resposta, a equipe de Tarcísio declarou que a visita de Bolsonaro “não teve um caráter oficial” e ocorreu na área residencial do edifício público, o que, portanto, estaria amparado pela “intimidade e privacidade”. Eles citaram uma interpretação prévia da Controladoria-Geral da União (CGU) como fundamento para essa justificativa.
A visita de Bolsonaro a Tarcísio ocorreu após o ex-presidente ter deixado o Hospital Vila Nova Star em São Paulo, onde passou por cirurgias, mas antes de seu retorno a Brasília. Essa gentileza veio em resposta a críticas que Tarcísio havia recebido de apoiadores de Bolsonaro por não ter estado ao lado do ex-presidente no Dia da Independência.
Erika já entrou com um recurso contra a decisão de manter a informação em sigilo, baseando-se também em uma norma da Controladoria-Geral da União (CGU).